O ataque com drones americanos, em resposta ao atentado que havia deixado quase 200 mortos em Cabul, matou dois membros do Estado Islâmico que planejaram a ação suicida no aeroporto do Afeganistão.
A informação foi divulgada neste sábado (28) pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
"Posso confirmar que dois alvos do alto escalão do Estado Islâmico foram mortos, um foi ferido, e não sabemos de nenhuma vítima civil", disse o general Hank Taylor, sobre a operação realizada na madrugada deste sábado (horário local) numa região montanhosa perto da fronteira com o Paquistão.
A reação militar americana, que deixou ferido um terceiro integrante da célula afegã do grupo terrorista, foi executada a poucos dias do prazo final estabelecido pelo presidente Joe Biden para a retirada completa das tropas do Afeganistão -após duas décadas de ocupação que acabam com a retomada do poder pelo Talibã.
O Pentágono também afirmou que os militares começaram a deixar o país, após duas semanas de voos superlotados que tentam retirar americanos, aliados e afegãos com medo do novo governo nas mãos do grupo fundamentalista.
A maior parte dos portões do aeroporto internacional de Cabul estava fechada neste sábado, e poucas pessoas conseguem acesso.
Centenas de milhares de afegãos ainda tentam escapar do país -muitos colaboraram com os ocidentais durante a ocupação militar americana-, mas as multidões que lotaram pistas de pouso e arredores do aeroporto nos últimos dias foram dispersadas.
Os pequenos grupos que ainda podem conseguir embarcar estão sendo submetidos a um rigoroso processo de checagem, pelo risco de novos ataques a bomba, como o de quinta-feira (26).