Um dos maiores problemas quando o assunto é aglomeração são os ônibus coletivos de Maceió, como mostrado diariamente pelo TNH1 e pela TV Pajuçara. Em plena pandemia, com a transmissão do novo coronavírus de vento em popa, dois corpos quase ocupam um mesmo lugar no espaço na maioria dos veículos que circulam na capital, empilhados de verdadeiros 'passageiros da agonia', cuja única alternativa de locomoção são os ônibus coletivos.
Com tantas reclamações pertinentes da população e denúncias da imprensa, a Prefeitura reagiu e resolveu cobrar das empresas de ônibus o cumprimento da portaria do dia 11 de março, que proíbe a redução de frota e determinando a ampliação de, no mínimo, 20% nas linhas. Em nota, a SMTT diz que "constatou irregularidades em quatro empresas, e que encaminhou advertências. Ouvido pelo TNH1, o Sinturb, (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Maceió), diz que ainda não recebeu notificação alguma, mas garante que as empresas têm cumprido com as exigências e fazendo os reforços nas linhas. As imagens, que você confere uma pequena amostra no vídeo no final desta matéria, mostram que, até agora, se houve ampliação da quantidade de ônibus, não surtiu efeito.
A prefeitura diz que além da superlotação de passageiros, os fiscais também detectaram atraso e a não realização de viagens em alguns terminais. A autuação para esses casos é de R$ 157,64 por cada veículo que descumpra o que está previsto no contrato.
Em meio a esse embate, o maceioense segue sendo forçado, cotidianamente, a arriscar a vida em veículos lotados de passageiros, obrigados a cumprir uma rotina surreal de aglomeração, em um estado que contabiliza uma média de 20 mortes por dia e quase 150 mil casos da doença desde o início da pandemia.
Como se proteger, já que preciso pegar ônibus?
Que o uso de máscaras da é uma das formas de se prevenir contra o novo coronavírus todos já sabem. Mas para quem precisa andar em ônibus lotados esse instrumento é ainda mais necessário, principalmente com uso correto, sem expor narinas ou boca. Essa é uma das grandes "armas" para quem não tem alternativa para se locomover.
Além da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), estudos mostraram a eficácia do uso desse apetrecho indispensável a todos neste momento.
Na China, um dos primeiros estudos para mapear a trajetória de transmissão de um passageiro infectado em Chongqing. No experimento, o passageiro realizou uma viagem de ônibus em que ele e a maior parte dos passageiros não estavam utilizando máscaras. No trajeto de 2 horas e 10 minutos, cinco dos 39 passageiros também foram contaminados. Ao final da viagem, o indivíduo comprou uma máscara e embarcou em um micro-ônibus. Na nova viagem, de 50 minutos de duração, nenhum dos outros 14 passageiros foi contaminado.
Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais apontou a eficácia de máscaras em reduzir a carga viral à qual as pessoas estão expostas, principalmente em situações em que todos os envolvidos fazem uso adequado. A exposição a menor carga viral reduz as chances de contrair a Covid-19 e, caso ocorra a contaminação, pode levar a quadros mais leves da doença. (Com informações do site wribrasil)
https://youtu.be/wiKZJ3U-JTU?list=PLHSDMENBHxAya6NFdNCRdXP-N7p6hpFy6