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03/08/2021 às 21h16min - Atualizada em 03/08/2021 às 21h16min

Thiago Braz é bronze no salto com vara e mantém recorde olímpico; sueco é ouro

Brasileiro parou em 5,87m; recordista mundial, Duplantis ganha com folga, mas falha na tentativa de bater a própria marca

Marcelo Tuvuca, colaboração para a CNN
https://www.cnnbrasil.com.br/
Foto: Matthias Schrader - 3.ago.2021/AP

O brasileiro Thiago Braz conquistou a medalha de bronze nesta terça-feira (3) na final do salto com vara do atletismo nas Olimpíadas de 2020. Ele superou a marca de 5,87m, altura que ainda não havia atingido no ano, e parou na terceira posição, quando queimou suas três tentativas em 5,92m. 

O sueco Armand Duplantis, recordista mundial, conquistou o ouro no momento em que o norte-americano Christopher Nilsen, medalha de prata, queimou suas três tentativas na marca de 6,02m. 

Favorito absoluto à prova, Duplantis superou 6,02m e, ao confirmar o ouro, subiu o sarrafo direto para 6,19m. Sua intenção era ultrapassar sua melhor marca, 6,18m, e bater novamente o recorde mundial, mas ele falhou nas três tentativas.

Dessa forma, o recorde olímpico continua sendo de Thiago Braz - 6,03m, atingido nas Olimpíadas do Rio.

Armand Duplantis foi medalha de ouro na prova do salto com vara das Olimpíadas

Armand Duplantis foi medalha de ouro na prova do salto com vara das Olimpíadas


Armand Duplantis foi absoluto na final e ficou com o ouro Foto: Matthias Schrader - 3.ago.2021/AP

O pódio do brasileiro foi confirmado após um adversário conhecido de Thiago cometer um erro: o francês Renaud Lavillenie, que também não conseguiu ultrapassar a marca de 5,92 m. Como havia pulado suas tentativas nos 5,80m e 5,87m, Lavillenie foi eliminado com a marca de 5,70m, deixando apenas Thiago, Duplantis e Nilsen na disputa.

O bronze de Thiago Braz é a 14.ª medalha do Brasil nos Jogos de Tóquio - veja o quadro de medalhas atualizado. 

Melhor marca do ano garante o bronze

Na decisão, ele começou superando, de primeira, a marca de 5,55m; depois, venceu o sarrafo nas alturas de 5,70m e 5,80m, queimando sua primeira tentativa em ambas as ocasiões.

Na sequência, enfrentou a altura de 5,87m, uma marca que não havia superado ainda no ano, e passou de primeira. Apenas quatro atletas avançaram para tentar bater a altura de 5,92m - Thiago queimou suas três tentativas, mas ficou com o bronze.

Embora tenha chegado ao Japão como detentor do recorde olímpico, com 6,03m, Thiago não era um dos grandes favoritos da prova. Sua melhor marca na temporada até então era de 5,82m, que não teria deixado o brasileiro entre os quatro primeiros na final. 

Nos Jogos de 2016, Thiago Braz se consagrou com o campeonato olímpico na disputa justamente contra o francês Renaud Lavillenie, campeão olímpico em Londres-2012 e apontado como o grande favorito no Rio de Janeiro.

Brasileiro diz que não estava 100% na final

Na entrevista logo após a conquista, Thiago Braz afirmou que a conquista representa “resiliência”, depois de passar por um ciclo olímpico em que teve dificuldades de se mostrar competitivo e enfrentar dores já na disputa em Tóquio.

"Não foi fácil. Na qualificatória, eu tive câimbra nas duas panturrilhas. A gente tratou, mas eu não estava 100% hoje. Tive que dar uma maneirada na corrida."

Thiago Braz, ao SporTV


Thiago Braz com a bandeira brasileira após ficar com o bronze no salto com vara

Thiago Braz com a bandeira brasileira após ficar com o bronze no salto com vara


Thiago Braz comemora a medalha de bronze Foto: Gaspar Nóbrega - 3.ago.2021/COB

O brasileiro se disse grato pela conquista e contente por chegar ao pódio. Mesmo assim, afirmou que poderia ter conseguido o segundo lugar. “Hoje cometi um erro bobo, caindo em cima do sarrafo, e isso me fez perder a prata. Mas acontece”, definiu.

 

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