O Brasil registrou 1.108 óbitos por Covid-19 nas últimas 24 horas e se aproximou da marca de 550 mil vítimas fatais da doença, segundo levantamento feito neste sábado (24) pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). No total, o país já identificou 549.448 mortes por Covid-19, o segundo maior número do planeta em termos absolutos.
Os Estados Unidos lideram o ranking global, com 610.720 mortes até o momento, de acordo com a Universidade Johns Hopkins.
O total de casos confirmados de Covid-19 no Brasil chegou a 19.670.534, já considerando as 38.091 infecções pelo novo coronavírus identificadas nas últimas 24 horas.
A média móvel de mortes dos últimos sete dias ficou em 1.169, um avanço em relação à taxa de sexta-feira (23), de 1.135 óbitos. A média móvel de casos também subiu: está em 46.869 neste sábado, ante 46.333 na sexta-feira.
Sete estados brasileiros já registraram mais de um milhão de casos de Covid-19 desde o início da pandemia. São eles São Paulo (3,99 milhões), Minas Gerais (1,93 milhão), Paraná (1,36 milhão), Rio Grande do Sul (1,35 milhão), Bahia (1,18 milhão), Santa Catarina (1,10 milhão) e Rio de Janeiro (1,01 milhão).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou neste sábado (24) que o pedido de uso emergencial da Covaxin no Brasil foi oficialmente encerrado. A decisão acontece antes da avaliação do mérito do pedido, feito em 29 de junho pela Precisa Medicamentos.
Em nota, a agência sanitária disse que a decisão foi tomada de maneira unânime por seus diretores.
Na sexta-feira (23), a Anvisa já havia decidido pela suspensão cautelar dos estudos clínicos da Covaxin no Brasil depois que o laboratório indiano Bharat Biotech, fabricante da Covaxin, rescindiu o contrato com a Precisa Medicamentos que autorizava a empresa brasileira a atuar como sua representante na venda do imunizante ao governo brasileiro.
Desde o começo da pandemia de Covid-19 no Brasil, a doença provocada pelo novo coronavírus já matou 2.500 jovens entre 10 e 19 anos. Somente em 2021, foram mais de 1.500 vítimas nesta faixa etária. Em entrevista à CNN, a pediatra Ana Escobar, professora livre-docente da Faculdade de Medicina da USP, afirma que número chama a atenção por ser a principal causa de mortes em relação a outras enfermidades.
“Das causas naturais, por doenças, sem contar acidentes ou violência, a Covid-19 já é, na faixa etária de 10 a 19 anos, a causa de óbitos número 1. Já passou do câncer, por exemplo.”
Escobar ressalta que, apesar da morte de crianças e adolescentes representar apenas 0,5% do total de vítimas da Covid-19, o número vem crescendo e atingindo os mais jovens. "É um número que, graças a Deus, é pequeno, mas está aumentando, é expressivo. Vamos seguir com as medidas de proteção até que a gente tenha todo mundo vacinado", diz.