O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quinta-feira (22) ao Blog da Ana Flor, do G1, que é “mentira” a informação de que o ministro da Defesa, general Braga Netto, teria enviado um recado a ele avisando que não haveria eleições em 2022 se não houver a aprovação do voto impresso e “auditável”.
“A despeito do que sai ou não na imprensa, o fato é: o brasileiro quer vacina, quer trabalho e vai julgar seus representantes em outubro do ano que vem através do voto popular, secreto e soberano. As últimas decisões do governo foram pelo reconhecimento da política e da articulação como único meio de fazer o País avançar”, escreveu Lira no Twitter após a a repercussão do caso.
Na manhã desta quinta-feira (22), o jornal O Estado de S. Paulo publicou uma matéria informando que Lira chegou a conversar com o presidente Jair Bolsonaro após receber a ameaça. Na ocasião, Lira teria afirmado que não apoiaria qualquer ato de ruptura institucional. Já o presidente teria respondido que nunca havia defendido um golpe.
Nas últimas semanas, Bolsonaro intensificou sua defesa à implementação do voto impresso e já cogitou a possibilidade de não haver eleições em 2022, caso a proposta não seja aprovada pelo Congresso.
“Não tenho medo de eleições, entrego a faixa para quem ganhar, no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não ter eleições no ano que vem, porque o futuro de vocês que está em jogo”, disse no último dia 9.
“Nós não podemos esperar acontecer as coisas para depois querer tomar as providências. O que está em jogo, pessoal, é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude. Já está certo quem vai ser o presidente do Brasil no ano que vem, como está aí, a gente vai deixar entregar isso?”, disse o presidente.