Após meses de tendência de alta, Alagoas está próxima de apresentar evidências de controle da pandemia. A constatação é parte do mais recente relatório do Observatório Alagoano de Políticas Públicas de Enfrentamento à Covid-19, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), obtido pelo TNH1, na manhã desta segunda-feira (05).
Nesta 26ª Semana Epidemiológica (SE), isto é, entre os dias 27 de junho e ontem (04), Alagoas registrou 4.890 novos casos de Covid e 139 óbitos causados pela doença. De acordo com o Observatório, em relação à semana anterior, houve uma redução de 9% na incidência de casos e 5% no número de óbitos.
Gabriel Bádue, professor pesquisador e coordenador do Observatório, ressaltou que o estado já esteve melhor nos indicadores de controle da pandemia e que, caso a população não contribua, a situação pode retroagir, a exemplo do que já aconteceu em 2020.
"Todo cuidado é pouco para que continuemos avançando. Alagoas está próxima de apresentar evidências de controle da pandemia, mas isso só acontece caso o comportamento de queda nos indicadores observado na 26ª SE se mantenha", frisou.
Para o Observatório, os altos números e as diferenças regionais impõe a necessidade da manutenção das estratégias de controle, sob risco de reversão da tendência atualmente observada. "Considerando ainda a alta incidência da doença no estado e suas desigualdades regionais, a continuidade das medidas de controle e o monitoramento de novos focos são fundamentais até que tenhamos um controle da transmissão a partir da vacinação", reforçou Bádue em entrevista ao TNH1.
Interior lidera casos e óbitos
Mais uma vez, o número de casos e óbitos nos municípios do interior superou os observados na capital. Arapiraca continuou sendo a localidade com maior incidência de casos, seguida pela 10ª e 8ª RS.
Com relação aos óbitos, a 10ª RS registrou o maior número em relação à sua população, seguida de Arapiraca e da 1ª RS. Foram, respectivamente, 8,1, 6,0 e 5,4 mortes para cada 100 mil habitantes. A média estadual foi de 146 novos casos e 4,2 mortes para cada 100 mil habitantes.
Ocupação reduziu
Um dos principais indicadores da situação da pandemia, a ocupação de leitos de UTI continuou a cair e voltou a registrar taxas inferiores à 70%. Segundo o último boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), divulgado na tarde ontem (04), dos 400 leitos de UTI ofertados, 267 leitos estavam ocupados, o que corresponde a uma taxa de ocupação de 67%.
"Enfatizamos que, dados os altos níveis observados no conjunto de indicadores utilizados na avaliação da pandemia, medidas como utilização da máscara, higienização das mãos e distanciamento social ainda são essenciais para o avanço da redução desses números, que propiciarão o controle da transmissão do novo coronavírus e a retomada das atividades hoje suspensas com segurança", traz o relatório.