Os acordos espúrios nas negociações das vacinas contratadas pelo governo brasileiro, segundo o deputado federal Paulão (PT-AL), só tornaram explícita a corrupção que era óbvia, mas que o presidente Bolsonaro tentava esconder de toda forma.
Agora, ainda segundo o deputado, tudo está se clareando, graças a ação da CPI da Covid e da imprensa livre que atuam no sentido de mostrar à população os desmandos desse desgoverno.
Disse ele que Bolsonaro, com uma retórica atrasada, focado no desmonte das políticas públicas do País, loteou o Ministério da Saúde com um grupo político que hoje controla as ações de governo e tem o presidente como partícipe das negociatas. “Não é apenas prevaricação é a completa interação política nas falcatruas e desmandos”, sustentou.
Negócio imoral – Paulão destacou que a negociação feita pelo governo para comprar 400 milhões de doses de vacinas AstraZeneca, da Davati Medical Supply, é mais que imoral. Basta ver, disse ele, que o representante da empresa, Luiz Paulo Dominguetti, revelou no jornal Folha de S. Paulo.
‘Está lá para quem quiser ver: AstraZeneca estava cobrando US$ 3,5 cada dose da vacina, mas o contrato foi formatado com o valor de US$ 15,5, cada dose. Foi o vendedor quem denunciou esse escândalo no jornal paulista”, destacou Paulão.
Para o deputado, a CPI tem que ir fundo em todas essas denúncias, para responsabilizar legalmente todos os envolvidos nesse conluio criminoso que levou à morte mais de 500 mil brasileiros até então.
“Essa história de cobrar propina de um 1 dólar por cada dose de vacina é um atentado contra a população brasileira e um assalto aos cofres da União. Impeachment de Bolsonaro, portanto, é pouco, a partir desse escândalo gigantesco. Ele precisa responder por tudo na forma da lei”, disse Paulão.