Pazuello foi convocado porque a estratégia do governo o envolve diretamente. A linha adotada é a de que o presidente Jair Bolsonaro, ao saber das denúncias feitas pelo deputado federal Luis Miranda, pediu a Pazuello que apurasse. Ele ocupa um cargo no Palácio do Planalto de secretário da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.
Na reunião de hoje, Pazuello disse não ter instaurado nenhum procedimento formal para apurar as denúncias, mas que fez uma apuração informal, conversou com os envolvidos e concluiu não ter havido irregularidades.
Interlocutores de Pazuello disseram à CNN que na época houve um problema de ordem pessoal entre o tenente-coronel Alex Lial Marinho, à época coordenador-geral de Logística de Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, e o servidor Luis Ricardo Miranda.
Lial teria pedido a Pazuello a demissão do servidor, mas o deputado Luis Miranda pediu que ele fosse mantido no cargo e Pazuello acabou acatando o pedido. Uma fonte do Ministério da Saúde disse à CNN que na época Lial reclamava que o servidor era incompetente. Pazuello teria dito que o ministério tinha gente incompetente mas que seria melhor administrar do que demitir e depois ter de receber de volta.
Procurado, o deputado Luis Miranda disse que não tem conhecimento deste suposto problema pessoal.