O ex-policial penal Jorge Guaranho, condenado a 20 anos de prisão em regime fechado pela morte de Marcelo Arruda, recebeu autorização judicial para cumprir a pena em prisão domiciliar.
A decisão em caráter liminar, publicada nesta sexta-feira (14) pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), ocorre um dia após o bolsonarista ser sentenciado.
De acordo com a decisão, o bolsonarista continua debilitado e com dificuldades de locomoção. O desembargador Gamaliel Seme Scaff afirmou que, “em razão da enfermidade e das lesões”, a prisão domiciliar do ex-policial penal não colocará em risco a sociedade ou o cumprimento da lei penal.
Os advogados de Guaranho argumentam que ele precisa de tratamento médico. No pedido enviado à Justiça, a defesa do bolsonarista detalhou que o cliente levou nove tiros no dia da morte do tesoureiro do PT e foi espancado por cinco minutos.
Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, foi assassinado na própria festa de aniversário. Foto: Reprodução
“Cabe destacar que os diversos projéteis estão alojados no corpo do paciente, inclusive na caixa craniana e na porção esquerda da massa encefálica”, afirmaram os advogados.
Guaranho já cumpria pena em prisão domiciliar desde setembro de 2024. No entanto, após ser condenado, a juíza Mychelle Pacheco Cintra Stadler determinou que o bolsonarista fosse transferido para a prisão.
O ex-policial penal estava preso no Complexo Médico Penal, em Piraquara (PR).
Com a decisão liminar, Guaranho deverá ser solto ainda nesta sexta-feira. A Justiça determinou que ele seja monitorado por tornozeleira eletrônica e que se desloque apenas para tratamento médico, devendo sempre informar ao juízo.
O bolsonarista também está proibido de deixar sua residência em Curitiba para outros fins e não pode manter contato com qualquer pessoa ou testemunha relacionada ao caso.