Por Redação – de Brasília
A Procuradoria-Geral da República (PGR) finaliza os últimos detalhes da denúncia contra o ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL), por envolvimento no golpe fracassado em 8 de Janeiro. O objetivo do movimento era impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O procurador-geral Paulo Gonet está, ele mesmo, fazendo os ajustes finais do documento que pretende levar ao Supremo Tribunal Federal (STF) até o fim deste mês. A estratégia da PGR, segundo apurou a mídia conservadora, será fatiar a denúncia em diferentes lotes, priorizando inicialmente os principais articuladores da tentativa de golpe.
O primeiro grupo deverá incluir Bolsonaro e o general Walter Braga Netto. Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que esse desmembramento facilitará o julgamento, permitindo que os casos sejam analisados separadamente e sem sobrecarga para o Tribunal.
Prisão
Bolsonaro já foi indiciado pela Polícia Federal (PF) em novembro último por três crimes: abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa, com penas que podem somar 28 anos de prisão. O inquérito da PF tem 884 páginas e detalha a participação de Bolsonaro no planejamento e na execução do plano golpista.
O documento afirma que ele “planejou, atuou e teve domínio de forma direta e efetiva” sobre as ações, que não se concretizaram por “circunstâncias alheias à sua vontade”.
A expectativa é que a Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Flávio Dino e Cristiano Zanin, seja responsável por analisar a denúncia.