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10/11/2024 às 15h24min - Atualizada em 10/11/2024 às 15h24min

(COBRANÇA) - Empresário morto pelo PCC em Cumbica carregava R$ 1 milhão de joias na bagagem

Vinícius e Maria haviam viajado a Maceió, em Alagoas

Publicado por Daniele Amorim
Empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, morto pelo PCC. Foto: Reprodução

O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, de 38 anos, foi assassinado na sexta-feira (8) no Aeroporto Internacional de Guarulhos, enquanto carregava na bagagem joias avaliadas em R$ 1 milhão. A Polícia Civil apreendeu os itens, que incluíam pedras preciosas, colares, pulseiras, anéis, brincos e um relógio Rolex.

Após Vinícius ser atingido por 10 disparos de fuzil, sua namorada, Maria Lúcia Helena Antunes, pegou os pertences do empresário e deixou o aeroporto acompanhada por um policial militar que fazia parte de sua escolta.

Vinícius e Maria haviam viajado a Maceió, em Alagoas, retornando para São Paulo em um voo da Latam. No aeroporto, o empresário foi alvo de um ataque brutal. Na madrugada de sábado, Maria entregou as joias no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

Fontes próximas ao empresário revelaram que ele havia viajado a Maceió para cobrar uma dívida, recebendo o pagamento em joias. Além disso, Vinícius já havia denunciado ameaças de morte por supostamente estar envolvido na morte de um narcotraficante associado ao PCC (Primeiro Comando da Capital) e por delatar casos de corrupção de policiais civis ao MP-SP (Ministério Público de São Paulo).

Empresário sendo atendido por policiais logo depois de tiroteio. Foto: Reprodução

O empresário tinha colaborado com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e entregado um áudio que registrava uma negociação para sua morte por R$ 3 milhões. A gravação foi feita por Vinícius enquanto ele estava em seu escritório com um policial civil, que deixou uma conversa com supostos associados do PCC em viva-voz. No áudio, os envolvidos mencionavam o valor para matá-lo e discutiam sua rotina de segurança.

A conversa registrada incluía questionamentos sobre a facilidade de realizar o ataque, referindo-se a Vinícius como “passarinho”, em uma possível alusão à sua movimentação diária. Após a ligação, o policial amigo de Vinícius comentou sobre as ameaças, orientando-o a “fazer a linha de defesa de maneira certa”. Vinícius utilizou a gravação como parte de sua colaboração com o MP-SP para expor a ameaça.

Logo após sua delação, as ameaças contra o empresário aumentaram. Em 2022, o policial que participou da gravação foi preso em uma investigação distinta. As informações são de Josmar Jozino, do UOL.


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