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10/10/2024 às 11h25min - Atualizada em 10/10/2024 às 11h25min

(ACERVO DESTRUÍDO) - NOTA DE REPÚDIO DO MOVIMENTO UNIFICADO DAS VÍTIMAS DA BRASKEM (MUVB)

INCÊNDIO

Redação
Agência de Notícias
Reprodução - monategm
O Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) vem a público expressar nossa mais profunda indignação e total solidariedade ao coordenador-geral do MUVB, Cássio Araújo, vítima de um incêndio criminoso ocorrido na madrugada desta terça-feira, 8, em sua residência no bairro do Pinheiro, em Maceió — uma das áreas devastadas pela mineração predatória da Braskem. Felizmente, não havia ninguém no imóvel e não houve feridos, mas o ataque destruiu parte significativa da casa, incluindo uma coleção de cerca de 20 mil livros, patrimônio pessoal e cultural de valor incalculável.

Cássio Araújo tem sido um incansável defensor das vítimas do megadesastre causado pela Braskem, cujos impactos devastaram a vida de cerca de 50 mil pessoas e afetaram diretamente outras 85 mil, residentes no entorno. Mesmo vivendo a mais de 2 km de distância da mina 18 — que colapsou em dezembro, no maior crime ambiental em área urbana do mundo — Cássio foi forçado pela Braskem a desocupar seu lar, sob o pretexto de riscos à segurança. A empresa, que forçou a retirada e manter a responsabilidade pela segurança das residências desocupadas, não ofereceu proteção contra as invasões e furtos constantes no imóvel do coordenador.

Vídeo relacionado:


Efeito Braskem: Casa de coordenador - geral do MUVB em Maceio tem residência incendiada.

Coincidentemente, na semana passada, a Braskem tentou demolir a residência de Cássio, mas a intervenção direta do próprio coordenador impediu a invasão. Dias depois, um incêndio misterioso tomou o imóvel, após uma pessoa supostamente ter entrado pelo alçapão e utilizado álcool para iniciar as chamas. Esse foi o quinto ataque à casa desde novembro, em um ciclo repetido de intimidações e violências contra um defensor de direitos humanos que luta apenas por justiça.

O MUVB repudia veementemente as ações covardes que buscam silenciar quem se levanta em defesa das vítimas. Não aceitamos que o coordenador-geral, cuja única “ofensa” foi dar voz aos milhares de atingidos pela irresponsabilidade da Braskem, seja submetido a ameaças tão descaradas.

Exigimos uma investigação rigorosa e imparcial por parte das autoridades competentes para identificar os responsáveis por este atentado. Cássio Araújo, como todas as vítimas da Braskem, merece proteção e justiça. Em nome do MUVB, expressamos nossa solidariedade irrestrita ao nosso coordenador e reiteramos nosso compromisso de seguir firmes na luta por reparação plena para todas as vítimas.

Por: Agência de Notícias

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