A situação ainda é considerada “tensa” por diplomatas, mas o Brasil agora espera que haja uma discussão com “tranquilidade” para definir como ficará a representação definitiva da Argentina em Caracas.
Para integrantes do Itamaraty, a solução deve ser consensuada entre os países “sem o constrangimento” enfrentado neste fim de semana.
Na noite de sexta-feira (6), o governo de Maduro revogou o direito do Brasil de representar os interesses argentinos no país. A eletricidade do prédio foi cortada e homens encapuzados fizeram um cerco à embaixada.
Brasil diz estar supreso com suspensão da custódia de embaixada argentina na Venezuela | PRIME TIME
A Embaixada da Argentina abriga seis opositores venezuelanos procurados pela Justiça venezuelana.
O Itamaraty divulgou uma nota em que relatou “surpresa” com a decisão e ressaltou a “inviolabilidade” das embaixadas.
“De acordo com o que estabelecem as Convenções de Viena sobre Relações Diplomáticas e sobre Relações Consulares, o Brasil permanecerá com a custódia e a defesa dos interesses argentinos até que o governo argentino indique outro Estado aceitável para o governo venezuelano para exercer as referidas funções”, informou a nota do governo brasileiro.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou assessores para discutir a situação na Venezuela, neste domingo (8), no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República.
Participaram do encontro a secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores, embaixadora Maria Laura da Rocha, e Audo Faleiro, braço direito do assessor especial do presidente Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim.
Tanto Amorim quanto o chanceler Mauro Vieira estão em agendas internacionais neste fim de semana.