A pesquisa Datafolha desta quinta-feira, 5, mostra que Pablo Marçal (PRTB) parou de crescer e sua rejeição aumentou fora da margem. No último dia 22, mesmo dia em que saiu o Datafolha anterior, destacava-se que a verdadeira força de Marçal nas eleições seria conhecida agora, com o início do horário eleitoral no rádio e na TV.
Marçal estagnou após ter crescido sete pontos no levantamento anterior, enquanto há uma oscilação positiva de Ricardo Nunes (MDB), que tem a vantagem de ter muito tempo de TV para bater no candidato do PRTB.
Nunes tem repetido à exaustão uma peça em que convida os eleitores a procurarem no Google e ouvirem áudios com denúncias contra Marçal. A plataforma Google Trends mostrava que, na quarta-feira, os dois principais assuntos relacionado a Marçal, que não esconde mais suas ligações com o PCC, eram: Departamento de polícia Federal e Polícia Federal.
Na lista de pesquisas relacionadas aparecia justamente “áudio Marçal Polícia Federal”. Em relação à última pesquisa do Datafolha, a rejeição do sujeito subiu de 34% para 38%. Fora da margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos. Ele foi o único dos candidatos a ver a recusa dos eleitores em escolhê-lo aumentar. Guilherme Boulos (PSOL) manteve a rejeição de 37% e Nunes conseguiu reduzir a dele de 25% para 21%.
É cedo para dizer que ele morreu, mas, faltando um mês para o primeiro turno, novos fatos e crimes podem mexer com o cenário. Aquele Marçal que se vendeu como candidato “antipolítica” ou “antissistema” parece não existir mais. O Datafolha ainda traz a projeção de que ele perderia para Guilherme Boulos no segundo turno, indicando que as limitações de um ex-coach fascista vazio podem ser um entrave significativo para seus planos.