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10/08/2024 às 18h38min - Atualizada em 10/08/2024 às 18h38min

ONU acusa Israel de “genocídio de palestinos” após ataque visando escola de Gaza

História de RFI
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ONU acusa Israel de “genocídio de palestinos” após ataque visando escola de Gaza © REUTERS - Abed Sabah
A Defesa Civil de Gaza informou neste sábado (10) que pelo menos 93 pessoas foram mortas em bombardeios israelenses contra uma escola que Israel afirma ser utilizada como centro de comando do movimento islamista Hamas, que governa o território. O Hamas denunciou uma "escalada perigosa" e Francesca Albanese, relatora especial da ONU sobre a situação nos territórios palestinos, acusou Israel de “genocídio dos palestinos”.
 

Alice Froussard e Michel Paul, correspondentes da RFI em Ramalah Jerusalém, com agências

Localizada no centro da cidade de Gaza, a escola al-Tabi'een, atacada na noite de sexta-feira (9), acolhia cerca de 250 deslocados, a maioria mulheres e crianças, segundo fontes da comunicação social do governo do Hamas, no poder em Gaza desde 2007. O porta-voz da agência de defesa civil local, Mahmud Basal, informou que houve vários bombardeios e que o ataque causou "a morte de 93 pessoas, incluindo onze crianças e seis mulheres". Dezenas de pessoas também ficaram feridas.

O Exército israelense afirmou na rede social X que tanto o "recinto" como a "mesquita" serviam "como instalações militares para o Hamas e a Jihad Islâmica" [outro grupo armado em Gaza] ". Segundo as forças de Israel, o local era um "esconderijo para os terroristas e comandantes do Hamas", a partir do qual vários ataques eram planejados e preparados. O exército israelense ainda afirma ter usado munições precisas e ter tomado outras medidas para evitar atingir civis.

“Impossível reconstituir um corpo inteiro”

Do lado palestino, as autoridades relatam imagens de horror no local. “As equipes de resgate não conseguem reconstituir um corpo inteiro a partir dos restos humanos. A cena é extremamente difícil, para ser honesto, é um massacre”, informou Mahmud Basal. “Isso nos lembra os primeiros dias da guerra na Faixa de Gaza”, comparou o porta-voz da agência de defesa civil.

Esses ataques, cujo número de mortos não pode ser verificado de forma independente, estão entre os mais mortais desde o início das tensões, em outubro de 2023.

A relatora especial das Nações Unidas para os Territórios Palestinos, a italiana Francesca Albanese, acusou Israel de "genocídio de palestinos". A Turquia denunciou “um novo crime contra a humanidade” e o Catar pediu uma "investigação internacional urgente" sobre o que aconteceu. A Arábia Saudita também condenou o ataque e apelou ao fim dos "massacres" em Gaza, enquanto o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, disse que ficou "horrorizado".

A França também “condenou com firmeza” o ataque. O ministério francês da Relações Internacionais declarou nas redes sociais que Israel deve “respeitar o direito internacional humanitário”. Paris também reiterou seu pedido de liberação dos reféns detidos na região e um de um “cessar-fogo imediato diante da urgência humanitária em Gaza”.

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