Por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente da legenda a qual ele integra, Valdemar Costa Neto, precisarão explicar a presença de ambos em um mesmo acontecimento político, no dia 3 de agosto, em São Paulo, apesar de estarem proibidos de manter contato direto.
Na decisão, publicada nesta sexta-feira, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou o prazo de 48 horas para que Bolsonaro e Costa Neto esclareçam a ida à convenção municipal do MDB, que oficializou a candidatura do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes, à reeleição.
“Diante das inúmeras publicações jornalísticas com informações de que Valdemar Costa Neto e Jair Messias Bolsonaro estiveram presentes na convenção do MDB, em ato realizado no estacionamento da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, onde se oficializou a candidatura de Ricardo Nunes à reeleição à Prefeitura de São Paulo, embora devidamente cientes acerca da proibição de manterem contato, determino a intimação de ambos para que esclareçam, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, sobre o eventual descumprimento da medida cautelar diversa da prisão fixada anteriormente”, determinou o ministro.
Golpe
Desde o dia 7 de fevereiro deste ano, os dois políticos estão proibidos de entrar em contato direto, por decisão do STF, mas Dana Costa, mulher de Costa Neto, era usada como ‘pombo-correio’ para permitir a troca de informações entre eles.
A proibição foi estabelecida no contexto da ‘Operação Tempus Veritatis’, deflagrada pela PF, com o objetivo de apurar o golpe de Estado fracassado em 8 de Janeiro.