Parentes enterram vítima idosa da Covid-19 em Lima, no Peru Foto: Raul Sifuentes/Getty ImagesO governo do Peru atualizou o número de mortos pela Covid-19 no país e afirmou que mais de 180.000 pessoas perderam a vida devido ao vírus desde o início da pandemia, mais que o dobro das quase 69.000 mortes registradas oficialmente até agora.
O número anterior informado pelo Ministério da Saúde, divulgado no dia 29 de maio, registrava 69.342 óbitos pela doença. No entanto, nesta segunda-feira (31) as autoridades informaram que o número de mortes chega a 180.764, de acordo com levantamento até 22 de maio que leva em conta sete critérios para o registro de mortalidade da Covid-19.
O anúncio foi feito durante conferência de imprensa esta segunda-feira no Palácio do Governo, onde a presidente do Conselho de Ministros, Violeta Bermúdez, estava acompanhada pelo Ministro da Saúde, Dr. Oscar Ugarte, e pela equipe de trabalho formada com o propósito de propor critérios para atualizar o número de mortes por Covid-19 no país. O grupo é formado por funcionários públicos e profissionais liberais.
Seguirão recomendações para o registro de mortes por Covid-19 no Peru.
Segundo Bermúdez, “por uma questão de transparência e de tomada de decisão baseada em evidências, nosso governo criou em 14 de abril o grupo de trabalho que hoje nos acompanha, que preparou seu relatório com base no que já vinha sendo realizado pelas entidades responsáveis do Ministério da Saúde”.
O funcionário acrescentou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) “estima que o número de mortes por Covid-19 seja 2 ou 3 vezes maior do que os números oficiais relatados por cada país do mundo”.
Uma das recomendações deste grupo – a qual o ministro da Saúde disse que será aceita imediatamente – é investigar os motivos pelos quais os pedidos do Centro Nacional de Epidemiologia do Ministério da Saúde para atualizar os números de óbitos não foram atendidos no momento da solicitação.
O ministro Ugarte disse que o Peru implementará imediatamente a metodologia recomendada pela equipe de trabalho formado pelo Executivo para "ter um número diário que reflita uma realidade mais próxima do que acontece com a pandemia em nosso país".
