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04/04/2024 às 15h12min - Atualizada em 04/04/2024 às 15h12min

A CASA CAIU: Abin, PRF e Polícia Boliviana ajudaram na prisão de Leandro Barros

Veja imagens da operação

TNH1
https://www.tnh1.com.br
Fot: Polícia Civil/Alagoas / Montagem

Quase dez meses após o feminicídio de Mônica Cristina Gomes Cavalcante Alves, 26 anos, a Polícia Civil de Alagoas divulgou, nesta quinta-feira, 4, a prisão de Leandro Pinheiro Barros, esposo da vítima e assassino confesso. Segundo o delegado Thales Araújo, da Diretoria de Inteligência Policial (Dinpol), Leandro foi preso em Santa Cruz de La Sierra, a quase 4 mil km de distância de São José da Tapera, onde ocorreu o crime no interior de Alagoas.  

O trabalho de investigação das autoridades alagoanas contou com apoio de agências de inteligência de outras corporações do Brasil e da Bolívia. 


Prisão envolveu polícias brasileira e boliviana

"Agradecer também às cooperações principalmente das outras agências de inteligência. Tivemos cooperação da ABIN (Agência Brasileira de Inteligência), da inteligência da Polícia Rodoviária Federal e também da Força Especial de Repressão aos Narcóticos, da Polícia Nacional Boliviana. E sem esquecer da polícia do Mato Grosso do Sul extremamente importante, porque atendeu ao nosso pedido. Eles foram até a fronteira buscar e assegurar que o Leandro estivesse no poder da Justiça Brasileira para que pudéssemos trabalhar de forma mais tranquila", detalhou Thales Araújo ao Fique Alerta.

Santa Cruz de La Sierra: Assassino da esposa se escondeu na cidade boliviana, a quase 4 mil quilômetros de distância de São José da Tapera

Leandro estava foragido desde o dia 18 de junho de 2023, quando assassinou a esposa no Centro de São José da Tapera. A jovem de apenas 26 anos chegou a gravar um vídeo momentos antes e foi morta a tiros em frente ao Fórum da cidade.

"É importante dizer que, além do trabalho técnico policial na fase investigativa, que foi tocado por uma comissão de delegados formada pelo doutor Diego Nunes, de São José da Tapera, o Igor Diego, da Dracco, e por mim, pela Dinpol (Diretoria de Inteligência). Além do trabalho de investigação, o trabalho de localização foi bastante árduo. Foi marcado pela perseverança das equipes diretamente envolvidas. Como nós já havíamos, em uma conversa, passado para a família de Mônica, pelo próprio doutor Gustavo Xavier, nosso delegado-geral, que todos os esforços que estivessem ao nosso alcance seriam desempenhados para localização e prisão dele. O trabalho da polícia investigativa, principalmente sob o trabalho da inteligência, é muitas vezes invisível, é demorado. Você ter a informação, trabalhar e conseguir executá-la, leva um tempo. Está aí a prova. A PC e a SSP foram muito cobradas pela prisão dele, que estava foragido, e o tempo inteiro estávamos trabalhando nisso, sempre foi uma prioridade pela repercussão e a forma do crime", afirmou o delegado. 

A Polícia Civil alagoana aguarda que a polícia do Mato Grosso do Sul transfira Leandro para Alagoas, onde há desde julho um mandado de prisão preventiva expedido contra ele por causa do feminicídio. 

O crime - A morte da jovem causou grande comoção em Alagoas e chocou a população, tanto pela crueldade do criminoso, ao atirar na vítima em via pública, quanto pelo relato dos abusos feito por Mônica momentos antes de morrer, através de um vídeo compartilhado na internet. 

De acordo com as investigações, no dia do feminicídio, Leandro e Mônica estavam em uma festa, e o assassinato aconteceu após uma suposta discussão entre o autor e a vítima. Leandro teria retornado para a residência onde o casal vivia, buscado uma arma de fogo e depois assassinado Mônica em via pública.

Além de ter sido indiciado pela Polícia Civil, Leandro já foi denunciado pelo Ministério Público de Alagoas. O juiz Leandro Folly, titular da Comarca de São José da Tapera, também decretou a prisão preventiva dele.


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