Não sei se Alexandre de Moraes terá outra oportunidade de ouro como essa para decretar a prisão preventiva de Bolsonaro, com todos os requisitos determinados pelo Código Penal.
Afinal, mesmo sem passaporte e sob ordem de não deixar o país, ele se hospedou clandestinamente numa embaixada estrangeira, sem ter um motivo convincente, mas o fato é que, enquanto estivesse ali, não poderia ser alcançado pela lei.
Além disso, ingressou na embaixada à noite, fora do expediente, contando que o episódio ficaria oculto e lá pernoitou e permaneceu por dois dias, o que é um comportamento completamente fora do padrão.
Se estava apenas buscando refúgio temporário (talvez alertado de que poderia ser preso) ou esperando resposta de um pedido de asilo político, dá no mesmo: a intenção era burlar a Justiça.
Moraes está com a faca e o queijo na mão, resta saber se vai comê-lo ou guardar na geladeira.