A cloroquina apareceu até 500% mais vezes no Diário Oficial da União durante a pandemia
O medicamento, divulgado pelo presidente Jair Bolsonaro, é ineficaz contra o coronavírus
O levantamento será enviado para a CPI da Covid
A cloroquina, medicamento comprovadamente ineficaz contra o coronavírus, apareceu com destaque em edições do Diário Oficial da União na primeira onda da pandemia no Brasil, entre abril e outubro de 2020.
Segundo reportagem do jornal O Globo, o documento registrou um "boom" da palavra "cloroquina" na seção de contratos e editais.
No período analisado, houve dois picos em que o remédio aparece 500% mais vezes no veículo oficial do que a média entre abril de 2019 e março de 2021.
A pesquisa mostra que não foi só o governo federal que investiu na substância inútil no tratamento da Covid, porém divulgada à exaustão pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). A maioria das compras partiu das prefeituras. Os gastos são de R$ 2,6 milhões.
O levantamento divulgado pelo jornal O Globo é do gabinete compartilhado formado pelos deputados federais Felipe Rigoni (PSB-ES) e Tabata Amaral (sem partido desde a desfiliação do PDT)-SP, além do Alessandro Vieira (Cidadania-SE), que vai enviá-lo à CPI da Covid.