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18/03/2024 às 21h03min - Atualizada em 18/03/2024 às 21h03min

Lula chama Bolsonaro de ‘covardão’ por fugir no 8 de Janeiro

Lula disse que “hoje, temos certeza que o (ex-)presidente (Bolsonaro) é um covardão" que "não teve coragem de executar aquilo que planejou" em 2022.

História de CdB - Por Redação
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Presidente Lula fez um balanço do governo, durante reunião ministerial © Fornecido por Correio do Brasil
Ao abrir a primeira reunião ministerial do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira, que o ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) não passa de um "covardão" por liderar a tentativa fracassada de um golpe de Estado, no dia 8 de Janeiro, e fugir do país pouco antes de encerrar seu mandato.
 

Lula disse que “hoje, temos certeza que o (ex-)presidente (Bolsonaro) é um covardão" que "não teve coragem de executar aquilo que planejou" em 2022. 

— Ficou dentro de casa chorando quase um mês e preferiu fugir para os Estados Unidos — emendou Lula.

Depoimentos

O presidente recordou os fatos ocorridos no 8 de janeiro de 2023, quando milhares de seguidores de Bolsonaro invadiram o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), quebrando tudo.

No âmbito dos inquéritos sobre a intentona golpista, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encerrou o sigilo dos depoimentos do general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, e do brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, ex-chefe da Força Aérea Brasileira, sobre uma reunião na qual Bolsonaro teria apresentado uma "minuta do golpe", em 7 de dezembro de 2022.

— A gente tem mais clareza do significado do 8 de Janeiro porque a gente sabe o que aconteceu. Hoje a gente tem clareza por depoimentos de gente que estava dentro do governo dele ou que estava no comando das Forças Armadas. Gente que foi convidada para fazer um golpe  — acrescentou.

Democracia

Lula disse, ainda, que se alguém tinha dúvidas sobre o planejamento golpista, os depoimentos mostram a concretude dos riscos pelos quais o Brasil passou. Moraes levantou também o sigilo dos 27 depoimentos dados à Polícia Federal (PF), no âmbito da investigação sobre o golpe fracassado.

— Quem tinha dúvida, agora pode ter certeza. Por pouco esse país não voltou aos tempos tenebrosos em que as pessoas achavam que apenas com a participação de uns militares poderiam ganhar o poder desse país — pontuou o presidente.

Lula também disse que o povo brasileiro "foi mais sábio" e deu ao governo a incumbência "não só de resolver o problema da educação, da agricultura, da saúde e da economia, mas da consolidação do processo democrático desse país. A democracia passa a ser uma cosia fundamental nesse país. O respeito às instituições que garantem o respeito à democracia".

Em seu discurso, Lula relatou a situação em que encontrou o país, em janeiro do ano passado.

— Alguns ministérios com menos da metade dos funcionários que precisavam, e a maioria deles sem políticas públicas, sem interesse em inclusão social — detalhou.

Evidências

O presidente ressalta que recebeu o país em “escombros".

— O nosso primeiro ano foi de recuperação, e não foi fácil. Recuperar algo estragado é mais difícil de começar algo novo. Todo mundo sabe que ainda falta muito para gente fazer, diante de tudo aquilo que nós nos comprometemos a fazer durante a campanha eleitoral — observou.

O discurso do presidente ocorre no momento em que, segundo analistas jurídicos, a PF já teria reunido elementos suficientes para indiciar Bolsonaro e os ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno pelo crime de tentativa de abolição violenta do Estado democrático e de Direito.

Segundo a PF, as evidências incluem depoimentos cruciais dos ex-comandantes do Exército e da Aeronáutica, general Freire Gomes e brigadeiro Baptista Júnior, respectivamente, bem como material probatório substancial, como o vídeo da reunião ocorrida em 5 de julho de 2022. Esses elementos, somados, descrevem um padrão de comportamento ao longo do ano de 2022, no qual Bolsonaro teria conspirado contra o sistema eleitoral, planejando manter-se no poder mesmo após a derrota eleitoral e conspirado contra instituições, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso.


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