Querem que Lira se comprometa com a apresentação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para que eles nunca mais só possam ser julgados pelo Supremo – o tal do foro especial que sempre desfrutaram e do qual nunca admitiram abrir mão.
Bons tempos aqueles em que se sentiam protegidos pela mais alta Corte de Justiça do país. Os tempos mudaram e, agora, ela está pegando no pé de todos os que teimam em desrespeitar a lei. Lira nem disse sim nem disse não na conversa que teve com um grupo deles.
A ideia do grupo de oposição é que a PEC estabeleça que o foro dos parlamentares passe, na primeira instância, a ser conduzido por Tribunais Regionais Federais; se for o caso, depois pelo Superior Tribunal de Justiça; só chegando por último ao Supremo.
Os mais recentes acontecimentos instalaram o pânico nos corredores e gabinetes da Câmara. O deputado Carlos Jordy (PL-RJ), líder da oposição, foi alvo de uma operação policial à procura de provas de sua participação nos atos golpistas de 8 de janeiro.
E o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), citado no inquérito que apura o escândalo de espionagem à época em que chefiava a Agência Brasileira de Inteligência (ou de intimidação), foi alvo de outra operação. Os dois são bolsonaristas de quatro costados.
Quem autorizou as operações contra os dois? Quem? Só podia ser o ministro Alexandre de Moraes, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral.