Segundo o que foi relatado pela Polícia Militar, no Boletim Geral Ostensivo (BGO), Ferreti desobedeceu a ordem dos mesários, quando o pediram para deixar o aparelho telefônico no local indicado. Em vez disso, ele carregou consigo o celular, levando-o para a cabine.
No local de votação, Kleverton Pinheiro filmou o momento em que ele usava a urna eletrônica e em quais candidatos ele votou para governador e presidente, o que é vedado pela legislação eleitoral.
O Comando da Polícia Militar seguiu o parecer do Conselho de Disciplina da corporação. Ele também levou em conta para a expulsão o fato de Ferreti ter feito divulgação irregular de propaganda dos seus candidatos, atitude popularmente conhecida como 'boca de urna'.
Além disso, segundo o comandante da PM, coronel Paulo Amorim, houve "outros casos disciplinares", que culminaram na saída de Kel das fileiras da polícia.
Já em outubro do ano passado, o Ministério Público Eleitoral, por meio da promotoria eleitoral da 1ª zona eleitoral (Maceió), ofereceu proposta de transação penal ao policial, que também é influenciador digital.
A corporação disse, em decisão, que as ações de Kel Ferreti foram "extremamente reprováveis do ponto de vista da disciplina e da ética policial militar".
O colegiado concluiu que o policial não era "detentor de condições para compor os quadros da Polícia Militar de Alagoas" porque feriu os princípios da dignidade, confiança, verdade, honra pessoal e ao decoro da classe.
O Conselho de Disciplina da Polícia Militar para investigar e julgar Kleverton Pinheiro foi instaurado no dia 16 de maio de 2023. O colegiado abriu espaço para a defesa do militar.