Na quarta-feira (29), a Prefeitura de Maceió declarou situação de emergência na Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange.
A Braskem fazia extração de sal-gema perto da Lagoa Mundaú, onde há falhas no solo. Desde 2018, bairros próximos das operações registram danos estruturais em ruas e prédios, com mais de 14 mil imóveis afetados e condenados.
Crédito: Reprodução/CNN
Em nota, a Braskem afirmou que o sistema de monitoramento do solo registrou microssismos e movimentações atípicas em um local específico nas proximidades do Mutange, e as informações foram compartilhadas com as autoridades competentes.
As minas da Braskem em Maceió são cavernas abertas pela extração de sal-gema durante décadas de mineração na região.
Em 2019, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) confirmou que a atividade realizada havia provocado o fenômeno de afundamento do solo na região, o que obrigou a interdição de uma série de bairros da capital alagoana.
O caso tornou-se conhecido após um tremor de terra sentido por moradores de alguns bairros em março de 2018. Estudos feitos posteriormente confirmaram que o tremor ocorrido em 2018 se deu em razão do desmoronamento de uma das 35 minas da área urbana. De acordo com as pesquisas, aquele não foi o único tremor, pois os laudos apontam a existência de outras minas deformadas e desmoronadas.
Imagem aérea da região da mina 18 da Braskem, em Maceió, que apresenta risco iminente de colapso
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