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25/05/2021 às 22h42min - Atualizada em 25/05/2021 às 22h42min

CPI da Covid: Equipe de checagem aponta 11 mentiras no depoimento de Mayra Pinheiro

Yahoo Notícias
https://br.noticias.yahoo.com/
Foto: REUTERS/Adriano Machado
Equipe de checagem identificou 11 mentiras no depoimento de Mayra Pinheiro
Equipe para checar informações foi organizada pelo relator da CPI, Renan Calheiros
Mayra Pinheiro disse que Ministério da Saúde não recomendou uso da cloroquina, mas documentos provam o contrário

A equipe de checagem rápida de informações já identificou 11 mentiras no depoimento de Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde, durante a CPI da Covid no Senado. O documento foi divulgado pelo CNN Brasil.

O serviço de checagem foi organizado pelo relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), na semana passada, após o depoimento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Uma delas diz respeito ao tratamento precoce. Mayra alegou que o “tratamento precoce” é usado por médicos de todo o mundo. Mas, segundo a checagem, não há dados sobre esse assunto, em especial após a Organização Mundial da Saúde de opor ao uso da cloroquina, da hidroxicloroquina e da ivermectina.


Outro ponto é sobre a recomendação de medicamentos. Mayra Pinheiro negou que tenha recomendado a cloroquina, disse apenas que o Ministério da Saúde apenas “orientou o uso” do medicamento. Mas, no chamado “Plano Manaus”, assinado por Eduardo Pazuello, há a orientação de que é preciso incentivar o tratamento precoce. Já o TrateCOV indicava de forma expressa o tratamento.

Em relação ao TrateCOV, há uma contradição. Segundo Pazuello, a plataforma foi tirada do ar porque foi hackeada e os dados teriam sido alterados irregularmente. A secretária, por outro lado, disse que o TrateCOV foi tirado do ar para que fosse feita uma investigação, mas negou que a plataforma tenha sido alterada.

 

Mayra Pinheiro declarou que 37,5% da população pediátrica, ou seja, crianças, tem menos chance de desenvolver a covid-19. Por isso, disse, as aulas presenciais não deveriam ter sido suspensas. A afirmação desconsidera que há adultos nas escolas. Além disso, mostra a equipe de checagem, a secretária não apresentou o percentual de transmissão de crianças para adultos.

 

 


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