“É possível ver um civil terrivelmente ferido – ensanguentado, mas vivo – deitado no chão enquanto um selvagem do Hamas gritando ‘Allahu Akbar’ atinge repetidamente o pescoço do homem com uma enxada de jardinagem para decapitá-lo”, disse Erdan à assembleia.
Após dois dias de assembleia-geral para discutir o conflito entre Israel e Hamas no Oriente Médio, uma resolução elaborada pelos estados árabes que apela por um cessar-fogo na Faixa de Gaza deve ser votada na sexta-feira (27).
Em cada assento do salão na sede das Nações Unidas, diplomatas israelenses colocaram a impressão de um código QR com o título “Liberte Gaza do Hamas, escaneie para ver as atrocidades do Hamas”, que continha links para fotos e vídeos do ataque de 7 de outubro.
Israel prometeu acabar com o grupo radical islâmico Hamas, que governa Gaza, em retaliação ao ataque surpresa de 7 de outubro que matou 1.400 israelenses e fez centenas de reféns.
Desde então, Israel lança ataques aéreos diários contra a Faixa de Gaza e segue impondo um cerco territorial que cortou o fornecimento de água, comida, medicamentos e combustível aos cidadãos da região, além de preparar uma invasão militar terrestre. As autoridades palestinas dizem que mais de 7.000 palestinos foram mortos.
Falando em nome dos estados árabes, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, Ayman Safadi, acusou Israel de “fazer de Gaza um inferno perpétuo na terra” e disse que “esse trauma irá assombrar as gerações vindouras”. Ele disse que o impacto dos ataques israelenses para os civis palestinos foi imenso.
“Não tenho vídeos para mostrar, pois respeitamos demais os mortos”, disse Safadi.
Defendendo um cessar-fogo, o embaixador palestino da ONU, Riyad Mansour, disse que certas nações estavam aplicando claramente dois pesos e duas medidas.
“Como podem os representantes dos estados explicar o quão horrível é o fato de 1.000 israelenses terem sido mortos e não sentirem a mesma indignação quando 1.000 palestinos estão sendo mortos todos os dias?”, Mansour perguntou à assembleia. “Por que não sentir uma sensação de urgência para acabar com a matança?”