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26/10/2023 às 19h26min - Atualizada em 26/10/2023 às 19h26min

Na ONU, embaixador de Israel mostra vídeo de homem sendo decapitado pelo Hamas

Uma resolução elaborada pelos estados árabes que apela por um cessar-fogo na Faixa de Gaza deve ser votada pela ONU na sexta-feira (27)

Michelle Nicholsda Reuters
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Gilad Erdan, embaixador de Israel nas Nações Unidas (ONU) Reprodução/CNN
O embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas, Gilad Erdan, mostrou um vídeo que ele disse ser de um membro do Hamas tentando decapitar um homem com uma ferramenta de jardim durante o ataque do grupo radical islâmico contra Israel em 7 de outubro.

Erdan disse aos diplomatas presentes na assembleia-geral desta quinta-feira (26) que a vítima vista nos poucos segundos de filmagem que ele reproduziu em um tablet não era israelense ou judia, mas sim um trabalhador agrícola da Tailândia.

“É possível ver um civil terrivelmente ferido – ensanguentado, mas vivo – deitado no chão enquanto um selvagem do Hamas gritando ‘Allahu Akbar’ atinge repetidamente o pescoço do homem com uma enxada de jardinagem para decapitá-lo”, disse Erdan à assembleia.

Após dois dias de assembleia-geral para discutir o conflito entre Israel e Hamas no Oriente Médio, uma resolução elaborada pelos estados árabes que apela por um cessar-fogo na Faixa de Gaza deve ser votada na sexta-feira (27).

Em cada assento do salão na sede das Nações Unidas, diplomatas israelenses colocaram a impressão de um código QR com o título “Liberte Gaza do Hamas, escaneie para ver as atrocidades do Hamas”, que continha links para fotos e vídeos do ataque de 7 de outubro.

Israel prometeu acabar com o grupo radical islâmico Hamas, que governa Gaza, em retaliação ao ataque surpresa de 7 de outubro que matou 1.400 israelenses e fez centenas de reféns.

Desde então, Israel lança ataques aéreos diários contra a Faixa de Gaza e segue impondo um cerco territorial que cortou o fornecimento de água, comida, medicamentos e combustível aos cidadãos da região, além de preparar uma invasão militar terrestre. As autoridades palestinas dizem que mais de 7.000 palestinos foram mortos.

Falando em nome dos estados árabes, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, Ayman Safadi, acusou Israel de “fazer de Gaza um inferno perpétuo na terra” e disse que “esse trauma irá assombrar as gerações vindouras”. Ele disse que o impacto dos ataques israelenses para os civis palestinos foi imenso.

“Não tenho vídeos para mostrar, pois respeitamos demais os mortos”, disse Safadi.

Defendendo um cessar-fogo, o embaixador palestino da ONU, Riyad Mansour, disse que certas nações estavam aplicando claramente dois pesos e duas medidas.

“Como podem os representantes dos estados explicar o quão horrível é o fato de 1.000 israelenses terem sido mortos e não sentirem a mesma indignação quando 1.000 palestinos estão sendo mortos todos os dias?”, Mansour perguntou à assembleia. “Por que não sentir uma sensação de urgência para acabar com a matança?”

Veja mais: Brasil espera consenso em quinta resolução sobre Israel-Hamas na ONU


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