“O comboio que chegou com ajuda é de um número muito pequeno de caminhões, se compararmos com as reais necessidades na Faixa de Gaza. Vamos encerrar nossas operações na quarta-feira se o combustível não chegar, afetando a vida de mulheres grávidas, crianças, civis, pessoas como nós”, afirmou Juliette.
Segundo ela, 140 abrigos estão sendo usados em Gaza após um êxodo maciço de pessoas de suas casas. Escolas e clínicas se tornaram moradia de palestinos afetados pelo conflito, e a agência da ONU é responsável pelo fornecimento de pão e água potável.
“Sem combustível, a padaria não vai funcionar. Não conseguiremos entregar o básico de dignidade para essas pessoas, nem água para higiene pessoal será possível sem ajuda humanitária urgente”, apelou a porta-voz.
Até agora, 29 funcionários da agência da ONU para Palestina perderam a vida no conflito – metade deles, de acordo com Juliette Touma, eram professores de alguma das 180 escolas mantidas pela entidade.
“A única maneira de sairmos desse caos é um cessar-fogo imediato, como defende a ONU. E até lá é necessário uma linha de abastecimento humanitário que garanta o funcionamento das organizações que atuam na região”.
A presença do ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira no Egito neste final de semana, somado aos esforços do Brasil no Conselho de Segurança da ONU para aprovar uma resolução contra o conflito, dão um peso significativo para o país na busca por uma solução do conflito.
“O papel do Brasil é muito importante e a ONU precisa agradecer ao país pelo seu esforço de defender ajuda humanitária e uma saída para esta guerra. O país contribui com financiamento da agência e está atento para questão da falta do combustível em Gaza e o impacto na vida das pessoas”, resumiu.
Guerra: Soldado israelense conta à CNN como está movimentação em Gaza | CNN NEWSROOM