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24/08/2023 às 10h27min - Atualizada em 24/08/2023 às 10h27min

Polícia do DF cumpre mandado de busca e apreensão contra Jair Renan Bolsonaro

Operação apura esquema de lavagem de dinheiro. Agentes cumprem 5 mandados de busca e apreensão e 2 de prisão em Brasília e em Balneário Camboriú (SC). Defesa diz que Jair Renan foi surpreendido.

Por Rita Yoshimine, TV Globo
https://g1.globo.com
Jair Renan, filho do presidente Jair Bolsonaro, em foto de fevereiro de 2021 — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Jair Renan, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi alvo de mandado de busca e apreensão em operação da Polícia Civil do Distrito Federal na manhã desta quinta-feira (24). A operação foi deflagrada contra um grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.
 

O mandado contra Jair Renan é cumprido em dois endereços: no apartamento onde ele mora em Balneário Camboriú, em Santa Catarina, e em um prédio no Sudoeste, área nobre de BrasíliaO celular do filho do ex-presidente foi apreendido durante a operação.
 

O advogado de Jair Renan Bolsonaro, Admar Gonzaga, afirmou que o filho do ex-presidente foi surpreendido ao ser alvo de buscas da Polícia Civil, ao blog da jornalista Andréia Sadi.
 

Ao todo, os agentes cumprem cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão. Os alvos são:

  • Jair Renan;
  • Maciel Carvalho, amigo e instrutor de tiro de Jair Renan, foi preso;
  • Eduardo Alves dos Santos, que está foragido e é investigado por ser "testa de ferro" do esquema.

De acordo com a apuração da TV Globo, Maciel Carvalho, de 41 anos, é um dos alvos de mandado de prisão. Ele é o suposto mentor do esquema e já foi alvo de duas ações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) neste ano, a Operação '"Succedere" e "Falso Coach"Ele já tinha sido preso em janeiro deste ano.

Instrutor de tiro de Jair Renan é preso no DF | CNN PRIME TIME
 

Como o grupo atua

 

De acordo com a polícia, o grupo agia a partir de um laranja e de empresas fantasmas, usadas pelo alvo da operação.
 

A apuração da reportagem aponta que o grupo usava a falsa identidade de Antônio Amâncio Alves Mandarrari para abrir conta bancária e representar pessoas jurídicas usadas como laranjas.

Os investigados teriam forjado relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas, usando dados de contadores sem o consentimento deles.

 

A investigação é conduzida pela Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil.

O senador Flávio Bolsonaro, irmão de Jair Renan por parte de pai, comentou, também na manhã desta quinta-feira, que a operação causa muito estranheza.

"É uma pessoa que não tem onde cair morta e está sendo investigada por lavagem de dinheiro. Não faz muito sentido isso. Espero que esse critério seja usado para todos. Alguém, investigadores procurando pelo em ovo mesmo sem ter nada, independente do sobrenome", disse o parlamentar.

Apartamento de Jair Renan Bolsonaro em Balneário Camboriú, em Santa Catarina — Foto: TV Globo/Reprodução

Apartamento de Jair Renan Bolsonaro em Balneário Camboriú, em Santa Catarina — Foto: TV Globo/Reprodução

Apartamento de Jair Renan Bolsonaro em Balneário Camboriú, em Santa Catarina — Foto: TV Globo/Reprodução

 
 

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