Em tom de constrangimento e já pedindo desculpas pela exposição, a policial militar de Alagoas, Renata Figueiredo, gravou um vídeo denunciando o ex-marido por agressões
No desabafo, a policial, que também é empresária em Araripina, no interior de Pernambuco, disse que teme pela própria vida e que, segundo ela, em mais de uma década de casamento sofreu "todos os tipos de violência". "Agora eu quase perdi minha vida, tenho duas crianças e está muito difícil passar por tudo isso", afirma.
Segundo a policial, o então marido chegou a ameaçá-la de morte com um revólver e fez um disparo para cima na tentativa de intimidá-la. "Quando a gente sentou para conversar e terminar, ele pegou a arma, apontou na minha cabeça e só não me matou porque minha filha começou a gritar desesperadamente", disse.
O episódio, segundo conta a policial ao TNH1, aconteceu no último dia 08 de agosto e foi presenciado pelos dois filhos, sogra e amigos. "Foi horrível, ainda estou desestabilizada e sem palavras. Também estou com muito medo", disse Renata à reportagem.
Assista, abaixo, o desabafo de Renata nas redes sociais:
"Eu tô temendo pela minha vida. Há 16 anos, eu vivo em um relacionamento abusivo. Já sofri todos os tipos de violência doméstica, como agressiva e psicológica. E agora eu acho que foi o fim. Eu quase perdi a minha vida. Tenho duas crianças, está sendo muito difícil pra mim passar por tudo isso e saber que o meu ex-marido anda por aí tentando denigrir minha imagem e se fazendo de vítima. Eu queria dizer que vou até o fim, que não vou desistir", afirma Renata.
O estopim para que a história fosse revelada publicamente pela policial foi o fato de ter tido uma arma apontada para a própria cabeça no momento em que ela e o ex-companheiro pararam para discutir o fim do relacionamento. "Quando a gente sentou para conversar e terminar o relacionamento, ele pegou a arma e apontou para a minha cabeça. Ele só não atirou porque minha filha começou a gritar desesperadamente. Ele tem uma arma", destaca.
Ela afirma ainda que, em nenhum momento, se sentiu acolhida pela polícia pernambucana, onde fez a denúncia, pelo contrário, foi pressionada para mudar a versão dela dos fatos. "Eu fui vítima de violência institucional, mas está tudo sendo apurado pela Corregedoria e a verdade vai aparecer", diz, ressaltando que não vai desistir e que irá até o fim para que a Justiça seja feita.