A redação em concursos exige conhecimento de mundo, criticidade, domínio das regras e convenções gramaticais, entre outros atributos. Tantos requisitos podem até assustar quem se prepara para construir um bom texto visando ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), por exemplo. Não é o caso, no entanto, de Jonathan Gabriel, aluno da rede estadual e para quem o ato de escrever se tornou leve e prazeroso, graças ao apoio que vem recebendo dos professores, dentro e fora da sala de aula.
Não à toa, a redação de Jonathan foi escolhida para referenciar o pelotão estudantil da 13ª Gerência Especial de Educação (GEE). Com o feito, a escola na qual estuda, a Moreira e Silva, vai representar a respectiva GEE no desfile cívico estudantil de 16 de setembro, dia da Emancipação Política de Alagoas – cujas festividades acontecem, tradicionalmente, no bairro de Jaraguá, em Maceió.
Para Jonathan, as aulas de língua portuguesa, aliadas à prática em sala de aula, têm sido muito importantes para que ele consiga evitar erros e, principalmente, concentrar-se no tema, mantendo, assim, a coesão e coerência textual. Jonathan também destaca a atuação da professora Delany Christine, que o auxilia na Escola Moreira e Silva.
Thiago Ataíde / Ascom Seduc
“Temos exercícios duas vezes por semana, e sempre com as atenções voltadas para a estrutura da redação do Enem, que é semelhante a do concurso que fizemos para o Desfile Cívico. Nunca deixo de procurar os professores para tirar dúvidas, além de complementar os estudos em casa, com a ajuda da internet. Tudo isso contribuiu para que a minha crônica fosse escolhida”, afirma o vestibulando.
Estudante monitor de sua turma pelo segundo ano consecutivo, Jonathan quer cursar Geografia na Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Segundo ele, a experiência de assimilar e transmitir conteúdo para os colegas, têm ajudado a vencer desafios rumo à aprovação. “Quero ser professor. E atuando como estudante e monitor na minha escola, sinto-me mais próximo do meu objetivo. E sei que a conclusão do ensino médio é só o começo. Quero me tornar um geógrafo ativo, consciente do meu papel na sociedade”, garante o futuro universitário.
Para Ofélia Altoé, gestora adjunta da Moreira e Silva, Jonathan serve de exemplo para outros estudantes que sonham com o ingresso em uma universidade pública e que, para tal, necessitam de um resultado satisfatório na redação do Enem. “Ver um estudante nosso se destacando é sempre motivo de muito orgulho. Esse tipo de reconhecimento é extremamente importante para que o estudante se sinta motivado, para que saiba que é capaz de ir muito longe. É a partir disso que ele ganha confiança. É assim que ele começa a acreditar mais em si mesmo”, afirma, emocionada, a gestora.
O CONCURSO
Técnica de acompanhamento e assistência à gestão escolar, Moadja Luna explica que o concurso ofertou subtemas distintos para cada Gerência Especial. Todos, porém, tiveram como foco a aprendizagem criativa.
“Cada Gerência Especial de Ensino ficou com um subtema diferente. E a partir da seleção das melhores crônicas, segundo os critérios contidos no edital, uma escola de cada GEE foi escolhida para compor um pelotão que será formado por 45 estudantes e vai representar a respectiva gerência no desfile alusivo à emancipação política de Alagoas. É o caso da Escola Moreira e Silva, que representará a 13ª GEE. Assim sendo, cada pelotão deverá representar, por meio de peças teatrais, o enredo da crônica que se destacou por sua Gerência. Os alunos, inclusive, poderão contar com o apoio dos professores de Artes e de Educação Física, por exemplo”, explicou Moadja.
*Sob supervisão