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31/03/2023 às 13h00min - Atualizada em 31/03/2023 às 13h00min

Meteorologia prevê grande volume de chuvas para Litoral e Zona da Mata

Para a capital, previsão é que chova 810 mm em três meses; volume está dentro da média histórica

Tatianne Brandão
https://www.gazetaweb.com
Meteorologia prevê grande volume de chuvas para Maceió
A previsão para os próximos meses é de chuvas dentro ou acima da normalidade para Alagoas. Alguns municípios da região litorânea e Zona da Mata devem sofrer mais com as consequências da chuva, já começando com a quadra chuvosa. Em Maceió, somente nos meses de abril, maio e junho, deve chover 810 mm. Para todo ano, a previsão é de 1.808 mm de chuva.
 

Com o início da quadra chuvosa sendo antecipada para as primeiras semanas de abril, a Defesa Civil Municipal já está atuando na prevenção nas áreas de maiores riscos na capital.

Para todo ano de 2023, a previsão é de 1.808 mm. Até o momento, os pluviômetros da capital registraram 240mm nestes primeiros três meses. Para os próximos, a previsão é de: abril: 194 mm; maio: 294 mm, junho: 322 mm; julho: 270 mm e agosto: 191 mm.

“O monitoramento meteorológico é ininterrupto. Nosso Centro Integrado de Monitoramento acompanha as previsões e, quando precisa, emite os alertas para a população. Havendo a possibilidade de chuvas fortes, é enviado uma mensagem de texto para os números cadastrados no sistema e a pessoa recebe o aviso ou alerta, dependendo da previsão. Para se cadastrar, basta enviar o CEP da residência para o número 40199 por SMS e automaticamente está cadastrado para receber as mensagens”, afirma a defesa civil de Maceió.


Para Alagoas, a previsão é de chuvas acima da normalidade, principalmente na metade Leste, bons volumes de chuvas no Litoral, Baixo São Francisco, Zona da Mata e Agreste. No Sertão e Sertão do São Francisco nos meses de abril, maio e junho teremos chuvas dentro da normalidade. A climatologista da Semarh, Anna Bárbara, afirmou que a previsão para o trimestre (abril, maio e junho de 2023) indica que os acumulados de chuva ainda podem exceder a média histórica na metade leste de Alagoas. “Na região semiárida de Alagoas (parte do Agreste, Sertão e Sertão do São Francisco), pode chover dentro da normalidade para o período. Lembrando que esta área já se encontra numa condição de seca relativa, segundo a última atualização do Monitor de Secas”.

De acordo com a previsão qualitativa para os próximos três meses, os acumulados de chuva podem chegar a 50% da precipitação média anual, com valores entre 500 mm e 900 mm nas regiões ambientais do Litoral e Zona da Mata. Nas demais regiões, os totais médios históricos de precipitação costumam variar entre 200 mm e 600 mm no decorrer do próximo trimestre.

Segundo dados climatológicos do INMET (1981-2010) e dados compilados pela SEMARH, os valores médios históricos excedem 700 mm nas cidades de Maceió (858,2 mm) e Porto de Pedras (744,9 mm), enquanto os menores acumulados são esperados nos municípios de Palmeira dos Índios (397,7 mm) e Pão de Açúcar (236,3 mm). As informações constam no relatório divulgado mensalmente pela Semarh.

“A previsão climática sazonal sinaliza para a ocorrência de chuvas entre normal a acima da faixa normal climatológica nas regiões ambientais inseridas na metade leste de Alagoas, no decorrer do trimestre AMJ/2023. Nas demais áreas, a previsão indica maior probabilidade de chuva na categoria dentro da faixa normal (em torno da média histórica)”, mostra o relatório.

Apesar da previsão de chuvas acima da média, a climatologista acredita que não haverá episódios como os ocorridos no ano passado.

“Embora a previsão climática ainda sinalize para chuvas de normal a acima da média no leste de Alagoas, nos próximos três meses, é pouco provável que repita o cenário de chuvas observado em 2022. Isso porque saímos de uma condição de La Nina, favorável ao aumento das chuvas no Norte do Brasil, e entramos numa condição de neutralidade em relação a esse fenômeno que chamamos de ENOS (El Nino - Oscilação Sul). A previsão é de que no segundo semestre de 2023 venha a se estabelecer a condição de El Nino (aquecimento anômalo das águas superficiais do Pacífico Equatorial)”, explica.

Nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, choveu acima da média histórica no Litoral (256,5 mm) e Zona da Mata (215,1 mm). Nas demais regiões ambientais do Estado de Alagoas, os acumulados médios de chuva ficaram próximos a ligeiramente abaixo da média histórica. O Sertão do São Francisco foi a região ambiental com o menor valor acumulado de chuva nesse último trimestre.

TEMPERATURA

As temperaturas máximas médias devem apresentar pouca variação em relação ao trimestre anterior. Segundo os dados climatológicos do INMET, as médias históricas variam entre 26°C e 32°C, a exemplo das cidades de Água Branca (26,8°C) e Pão de Açúcar (31,9°C). Nas cidades de Maceió, Palmeira dos Índios e Porto de Pedras, os valores médios históricos de temperatura máxima são respectivamente iguais a 29,4°C, 29,1°C, 29°C no trimestre.


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