Unidade de Dor Torácica conta com a atuação de equipe multidisciplinar Thallysson Alves / Ascom HGE
Entre os cidadãos que se submeteram ao cateterismo neste período está a professora Josefa Maria Duarte, de 56 anos. Ela lembra que faz nem um mês que descobriu ter “problema no coração” e começou a realizar exames para investigar a causa. Na última dessas consultas, quando o médico analisou os resultados do eletrocardiograma e do ecocardiograma, solicitou imediatamente que ela fosse à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Tabuleiro do Martins, em Maceió.
“Ele ficou assustado com a lentidão dos meus batimentos cardíacos e disse que eu poderia sofrer um infarto a qualquer momento. Eu fiquei assustada, mas ele me acalmou e disse que a descoberta antecipada era o melhor para mim. Fui à UPA e de lá me encaminharam ao HGE, onde estou sendo bem cuidada por todos os profissionais”, disse a educadora, que foi diagnosticada com um bloqueio atrioventricular (BAVT) e continua recebendo o tratamento da equipe multidisciplinar.
Para o secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, o exemplo da professora Josefa Maria Duarte comprova o alto nível de resolutividade do HGE, que é uma unidade porta-aberta e atende pacientes de todo o Estado, todos os dias da semana, 24 horas por dia. "É um orgulho poder constatar que o HGE vem cumprindo o seu papel de salvar vidas. Aos profissionais que atuam na maior unidade pública do Estado, os nossos cumprimentos pela dedicação e zelo com o povo alagoano", salientou o gestor.
Referência
O HGE é referência no atendimento de média e alta complexidade em urgência e emergência em Alagoas e, entre as doenças tratadas, estão as cardiovasculares, que compreendem as do coração e dos vasos sanguíneos. Os ataques cardíacos e os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs), geralmente, são eventos agudos causados principalmente por um bloqueio que impede que o sangue flua para o coração ou para o cérebro.
“Aqui temos a Hemodinâmica, para quem sofre de doenças no coração, e a Unidade de AVC, para quem é diagnosticado com o popular ‘derrame cerebral’. Ambos os setores contam com profissionais especializados e equipamentos de qualidade, no entanto, a Hemodinâmica é um local para a realização de exames. Para o atendimento, todos os cuidados hospitalares são efetuados no internamento, que pode ser na Unidade de Dor Torácica, na Unidade de Terapia Intensiva ou na enfermaria”, explicou o gerente do HGE, médico Paulo Teixeira.
Cateterismo
O cardiologista do HGE, Rafael Cavalcanti, explica que o cateterismo é um exame minimamente invasivo, no qual é introduzido um cateter numa veia ou artéria. A incisão costuma ser feita na prega interna do cotovelo, punho ou então na virilha. Esses locais são úteis porque, ao ser introduzido o fio, ele consegue alcançar o coração sem grandes desvios, facilitando o procedimento.
“Nós realizamos uma sedação superficial, uma anestesia local no paciente. Geralmente pelo punho, nós subimos com uma sonda, um cateter, até o coração e lá conseguimos diagnosticar se há ou não alguma doença nas artérias. Desse modo, definimos como tratar essas possíveis doenças com o uso de dispositivos de metal, finos, capazes de abrir o vaso para que o fluxo sanguíneo volte à normalidade e, assim, tratamos o paciente em uma condição grave, como é o caso do Infarto Agudo do Miocárdio”, esclareceu o médico especialista.
Dados
Em 2022, o HGE tratou 4.664 pessoas com cardiopatias. Todas foram assistidas pelas equipes multidisciplinares e submetidas a vários exames, como eletrocardiograma, ecocardiograma, tomografia computadorizada e Raio-X. Antes do internamento, os pacientes são triados e recebem o primeiro atendimento nos setores de urgência e emergência e de observação.
“A nossa Unidade de Hemodinâmica Dr. João Fireman foi inaugurada no dia 23 de junho de 2016, fato que a tornou pioneira em um hospital público em Alagoas. Ela está disponível a todos os usuários do SUS com indicação do médico cardiologista, geralmente cidadãos que sofrem com as consequências da hipertensão, diabetes, do descontrole do colesterol, da obesidade e do tabagismo”, destacou Paulo Teixeira.
