Durante o Festival de Gastronomia Popular Maceió dos Prazeres, lançado na noite da última terça-feira (20), mais de 30 botecos, restaurantes e lanchonetes estão à espera da votação do público – maceioenses e turistas -, na premiação que leva o nome da idealizadora do projeto, a jornalista Nide Lins. Conheça e vote acessando https://festivalmaceiodosprazeres.com.br/.
O festival, no entanto, também traz histórias importantes dos empreendedores da gastronomia da capital, que além de apresentar seus pratos, sabores e temperos, também destacam a essência do evento como valorização da culinária maceioense.
Saiba mais - Festival de Gastronomia Popular Maceió dos Prazeres valoriza a culinária e suas tradições
É o caso de Anilsa Lúcia, mais conhecida como Nil, dona do famoso Toca Guaiamum. De pedreira a fotógrafa, Nil se encontrou mesmo na culinária preparando a estrela da casa: caranguejo e siri no coco, acompanhados de uma cerveja gelada. “Esse festival está reconhecendo de uma forma eterna meu trabalho, o trabalho de todos os envolvidos na gastronomia de Maceió. O coração transborda de felicidade porque é meu xodó e onde dedico minha vida, quero muito ganhar o prêmio”, ressalta.
Já José Cleber, o Zeca, decidiu trazer as especialidades com a carne do Rio Grande do Sul para Maceió. Proprietário do Sr. Brasa há seis anos, ele conta que o festival divulga o que tem de melhor na nossa capital e valoriza os pequenos empreendimentos de rua.
“Esse evento é excelente porque abrange diversos segmentos de comida, vai da carne até frutos do mar, pastel, sanduíches e drinks. Para mim, o importante é participar, aqui não temos concorrência e sim parceria, um ajuda o outro e impulsiona o aumento do turismo gastronômico na cidade”, explica.
Josefa Silva é baiana de coração alagoano. Há 20 anos ela parou o trabalho como doméstica e conseguiu inaugurar a própria lanchonete com a irmã, no Mercado do Jaraguá. O pequeno espaço que comportava apenas cinco mesas foi crescendo e se tornou o Recanto da Baiana. O carro-chefe é a deliciosa feijoada, que acompanha arroz, torresmos, farinha e couve. A anfitriã não esconde a felicidade ao contar que hoje, o restaurante comporta cerca de 40 mesas e relembra a ajuda de Nide Lins durante a pandemia.
“Ela nos ajudou muito, eu tive que me reinventar e a divulgação dela segurou minha renda. Agradeço também a Prefeitura de Maceió por honrar o trabalho de tantas pessoas logo em um período de grande movimentação nas férias. A gente quer receber todos com muito amor e conquistá-los com nosso tempero único”, afirma.
Um dos homenageados durante o lançamento do festival foi Antônio Santana, 61, que há 12 anos comanda o Boteco do Tonho. Sendo um dos mais disputados no bairro do Prado, entrega uma deliciosa costela de porco e tilápia recheada com camarão. Desde 2012 no ramo, Tonho fala da importância de estar participando de um projeto enriquecedor para seu negócio.
“Fiquei muito feliz quando soube que fui um dos escolhidos, a gente vê que está fazendo o dever certo. Já estou na expectativa para aumentar a quantidade de mesas, há muito tempo nosso trabalho não estava sendo visto de uma forma especial como essa porque, infelizmente, se não somos vistos, não somos lembrados”, diz.
De acordo com Lininho Novais, secretário de Comunicação de Maceió, a capital é diferenciada na gastronomia de rua e afirma que já está tudo preparado para receber os maceioenses e turistas de diversas partes do mundo. “Seja na parte alta ou baixa, nós temos grandes restaurantes de rua. Essa premiação veio para mostrar que a gestão do prefeito, JHC, abraça a todos, como diz o lema: Cidade de Todos Nós”, destaca.
Confira os pratos