Nas últimas 24 horas o Brasil registrou 2.595 mortes e 68.333 novos casos de Covid-19, segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) nesta sexta-feira (30).
Na quinta-feira (29), o país ultrapassou a marca de 400 mil vidas perdidas pelo novo coronavírus. Abril foi o mês mais letal da pandemia no Brasil. São mais de 14 milhões de infectados pela doença e 403.781 mortes registradas pela Covid-19 no país.
O Brasil é o segundo país com maior número de mortes, atrás apenas dos Estados Unidos, que registra 575.551 óbitos. E no número de casos, o país ocupa a terceira colocação, ficando atrás dos Estados Unidos e da Índia, conforme apontam dados da Universidade Johns Hopkins.
Após o Brasil bater a marca de 400 mil mortes por Covid-19, o infectologista e pesquisador da Fiocruz, Julio Croda, avalia que a situação do país continuará sendo de alta de óbitos e casos pelos próximos três meses.
Em entrevista à CNN nesta sexta-feira (30), ele disse que o período do inverno é mais propício para os vírus respiratórios: “A gente vai viver ainda junho, julho e agosto complicados. Na época do inverno, os vírus circulam mais intensamente, principalmente no sul e sudeste, que são as regiões mais populosas.”
O Sudeste brasileiro teve, pela primeira vez na história, um mês com mais mortes do que nascimentos, de acordo com os dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil). Com cerca de 85 milhões de habitantes, a região registrou, até esta sexta-feira (30), 81.525 óbitos e 76.508 nascimentos.
Os estados do Rio de Janeiro e São Paulo puxaram o indicador negativo na região sudeste, totalizando 5.580 mortes a mais do que nascimentos. Em Minas Gerais, com apenas 41 nascimentos a mais do que óbitos, também pode registrar este fenômeno pela primeira vez.