Com o objetivo de intensificar os debates em torno da conscientização e prevenção do suicídio, a Gerência de Atenção Psicossocial (GAP) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promove, durante todo este mês, a campanha Setembro Amarelo.
Na ação, profissionais das unidades de saúde e dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do Município vão alertar os maceioenses sobre a realidade da prática no Brasil e no mundo, reforçando a importância do diálogo e do debate da questão, além da promoção do acolhimento a quem está em sofrimento psíquico.
Em unidades de saúde – nas quais psiquiatras e psicólogos atendem casos leves ou moderados com indicação de acompanhamento contínuo, respeitando as especificidades de cada usuário – as atividades serão desenvolvidas até o final deste mês, com ações de promoção à saúde e prevenção ao suicídio, articuladas com os demais dispositivos da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS).
A Gerência de Atenção Psicossocial também irá fomentar o debate sobre o assunto de forma mais abrangente. Num primeiro momento, no dia 12, junto aos profissionais do Instituto de Previdência de Maceió, numa roda de conversa sobre boas práticas na promoção à saúde mental no trabalho.
Já no final do mês (27), a ação será realizada, das 8h às 12h, no auditório da SMS, aberta à participação dos profissionais de saúde e da sociedade civil, com o Encontro sobre Saúde Mental Infantojuvenil e Setembro Amarelo.
Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) – estruturas que atendem pessoas com transtornos mentais graves e persistentes e que contam com uma diversidade de profissionais para recuperação da saúde e autonomia do indivíduo – também se organizaram para marcar a mobilização do mês de conscientização sobre os transtornos mentais e a prevenção do suicídio.
– Atividades em parceria com as unidades de saúde do seu território
– Realização do I Encontro de Familiares/Cuidadores, de 12 a 15 deste mês.
– Ações itinerantes
– Semana “Que cuidado eu quero em saúde mental”, no período de 12 a 15 de setembro
– Atividades externas de saúde mental a serem realizadas em área aberta, na praça em frente ao CAPS.
– Roda de conversa para usuário e familiares, abordando a temática da prevenção e cuidados em saúde mental.
– Palestras diárias em salas de espera sobre prevenção e fatores de risco ao suicídio infantojuvenil
– Rodas de conversa com abordagens semanais diferenciadas para usuários adolescentes e familiares
– Ações extra-muros com parceiros do território
– O ponto alto será dia 21, Dia D da abordagem ao assunto, com a distribuição de panfletos com medidas preventivas na praça principal do Conjunto José Tenório (Serraria) e adjacências.
– Palestras em sala de espera durante todo o mês
– Panfletagem e orientações sobre a questão na Praça do Centenário (Farol) e ações educativas na Unidade de Acolhimento Infantojuvenil, clínicas e abrigos.
Dados divulgados pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) apontam, com base na última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019, que são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo. Somado aos episódios subnotificados, a estimativa cresce para mais de 1 milhão de casos.
No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas por dia tiram a própria vida.
Os casos de suicídio – apontado, entre jovens de 15 a 29 anos, como quarta causa mais frequente de morte – são geralmente relacionados às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. É importante lembrar que a maioria dos casos poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem o acolhimento adequado e acesso a informações de qualidade.