Em novo boletim, divulgado no final da tarde desta terça-feira, 23, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) confirmou o aumento de casos suspeitos em investigação de varíola dos macacos em Alagoas. Agora o estado tem 77 pessoas que podem estar com a doença e que ainda aguardam o resultado do exame laboratorial. Alagoas segue com um caso confirmado de monkeypox, de um homem que mora na cidade de Murici.
Ainda de acordo com a Sesau, Alagoas notificou 98 casos suspeitos desde o início do surto da varíola dos macacos no mundo, porém 20 já foram descartados. Nenhuma pessoa com sintoma de monkeypox está internada neste momento no estado.
O município de Maceió é o que possui o maior quantitativo de casos em investigação até este dia, com 41 pessoas, seguido de Arapiraca, com 12. A capital também registra metade dos casos já notificados pela secretaria, 49 ao todo.
Ainda em relação aos 98 casos notificados, 42 foram do sexo feminino e 56 do sexo masculino. A faixa etária com maior número de notificação entre os suspeitos é a de 20-29 anos, com 22 casos, seguida de 15- 19 anos com 10 casos.
Veja a distribuição de casos por município:
Quem está com a suspeita da doença e ainda não recebeu o resultado do exame permanece em isolamento num prazo de 21 dias, que, segundo infectologistas, é o período para não transmitir mais o vírus.
Caso confirmado - No dia 16 de agosto, após exames laboratoriais, o primeiro caso de Monkeypox de um morador de Alagoas foi confirmado pela Fiocruz. Um homem, de 24 anos, residente em Murici, com histórico de viagem para a Bahia, foi diagnosticado com a varíola dos macacos. Ele não precisou ser hospitalizado e, no dia da divulgação do resultado, 17, o homem já estava recuperado, após cumprir o isolamento domiciliar.
Um jovem de 22 anos, natural do Espírito Santo, foi testado quando se encontrava em viagem a Alagoas e apresentou resultado positivo para a doença, conforme resultado apresentado pela Fiocruz, o que caracteriza, segundo a Sesau, um caso importado. Desde o dia 8 de agosto, o paciente retornou para o estado de origem e, à época, o caso foi comunicado às autoridades sanitárias do Espírito Santo.
Casos em investigação - A Sesau informou ainda que os casos classificados como suspeitos permanecem sob monitoramento das Vigilâncias Epidemiológicas dos municípios de origem. Conforme informações atualizadas pelas Secretarias Municipais de Saúde (SMSs), eles estão em isolamento domiciliar, sem evolução negativa do estado de saúde e, após cumprirem o período de isolamento preconizado, serão liberados.
A secretaria aguarda os resultados dos exames de diagnóstico para divulgação, uma vez que são processados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Para isso, o material biológico é coletado pelo Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL) e encaminhado para a capital carioca, por meio de uma transportadora contratada pelo Ministério da Saúde (MS).