A aplicação de lonas nas encostas é um dos trabalhos preventivos da Defesa Civil. Com as chuvas mais intensas que caíram em Maceió, desde o final de maio, a aplicação ficou inviável.
“O solo saturado inviabiliza o trabalho, pois a lona não fixa da forma correta, correndo risco ainda maior de deslizamento”, explica a diretora da Diretoria de Planejamento, Prevenção e Redução de Risco da Defesa Civil, Claudia Rivera.
Por este motivo, somente nesta semana, quando as chuvas diminuíram, o trabalho foi retomado.
Em toda a capital, já são mais de 34.000m² de lonas colocadas em 203 pontos diferentes, mitigando o risco para moradores que residem em áreas de vulnerabilidade social.
“Este trabalho da Defesa Civil ajuda a salvar vidas. A lona evita o deslizamento, logo as famílias podem ficar mais seguras enquanto as obras estruturais não acontecem”, acrescenta a diretora.
Maria Aparecida é moradora da Vila Emater, em Jacarecica, há 17 anos e a encosta que fica por trás da casa dela nunca havia cedido. “Com essas chuvas fortes, a barreira caiu e entrou em parte da casa”, conta.
A moradora acionou de imediato a Defesa Civil, abrindo uma ocorrência pelo número 199, e a equipe da Diretoria de Redução de Risco foi ao local. “Estamos atendendo essas ocorrências emergenciais em que os moradores nos acionam para colocarmos as lonas nesses locais de maior necessidade”, enfatiza Claudia.
PREVENÇÃO
A ação de aplicação das lonas faz parte de um planejamento da Defesa Civil, já previsto pelo Plano Municipal de Redução de Risco (PMRR), que traz uma atenção maior para os pontos de risco existentes na cidade. São sete áreas e mais de 570 pontos, divididos em baixo, médio, alto e altíssimo risco.
Todas essas áreas têm o acompanhamento da Defesa Civil, que realiza, além da aplicação de lonas, vistorias nas encostas e, por meio da Diretoria Social, orienta os moradores para permanecerem atentos e acionarem o órgão sempre que necessário.
“Nossos agentes estão nas ruas todos os dias, à disposição da população, para assegurar que as pessoas estejam seguras. Nossa missão é diminuir o risco e salvaguardar vidas”, conclui o coordenador da Defesa Civil, Abelardo Nobre.