Chuva faz Defesa Civil de Maceió retornar ao nível operacional de alerta máximo
A Diretoria de Operações da Defesa Civil de Maceió registrou até às 17h desta quinta-feira (15) 129 ocorrências na cidade, sendo 80 delas atendidas. São casos de deslizamentos de barreira, desabamentos, alagamentos e inundações. Em cinco dias foram registradas, até este momento, 416 ocorrências pelas equipes da Defesa Civil.
Neste mesmo período, a média acumulada de chuvas atingiu um volume de 373 milímetros, quando o esperado para todo o mês de abril era 207 mm. A quantidade de chuvas foi de 80% acima do esperado. O nível de alerta máximo é mantido até esta sexta-feira (16) para toda a região de Maceió com previsão de chuvas fortes.
Entre os dias 10 a 15 de abril, o acúmulo de chuva em alguns bairros da cidade nos quais estão localizados os pluviômetros, equipamentos que medem o volume de chuva que cai em determinada área, já ultrapassou a média do mês. É o caso dos bairros Santos Dumont, com um acumulado de 446 milímetros, Tabuleiro do Martins (444 mm), Cidade Universitária (438 mm) e Antares (418 mm).
Para se ter uma ideia, se for verificada a quantidade de chuva que atingiu os bairros Santos Dumont, Tabuleiro do Martins e Cidade Universitária, que foi de 177 milímetros, é como se a altura de uma caixa d’água de mil litros, instalada numa residência dessas localidades, atingisse uma altura de 17 centímetros. Ou seja, numa área de um metro quadrado, a chuva atingiu uma altura de 17 centímetros.
A orientação para quem vive em áreas de risco de alagamento, inundação e deslizamento de barreira é sair do local e procurar a ajuda de parentes e amigos. Ao ligar para a Defesa Civil no 199, não é preciso esperar o incidente ocorrer, mas se antecipar ao perceber o risco de inundação ou deslizamento de terra.
Boletim Meteorológico
O Boletim Meteorológico produzido pelo Centro Integrado de Monitoramento e Alerta da Defesa Civil de Maceió (Cimadec) é elaborado tendo em vista as informações repassadas pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemadem), o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH).
Para realizar o serviço de monitoramento meteorológico da capital, a Defesa Civil de Maceió acompanha os postos pluviométricos que foram instalados pelo Cemadem nas imediações de algumas áreas de risco. São 14 equipamentos, dos quais nove estão em funcionamentos nos bairros Antares, Clima Bom, Chã da Jaqueira, Farol (sendo duas localidades), Tabuleiro do Martins (também duas localidades), Trapiche da Barra e Vergel do Lago.
Sala de situação
Foi instalada uma sala de situação na sede da Defesa Civil de Maceió, formada pela integração de várias pastas. O objetivo é ficar em vigilância permanente, enquanto durar o período de chuvas. As equipes estão disponíveis 24 horas para garantir a preservação da vida dos maceioenses. O trabalho de avaliação da gravidade e emergência de atendimento das ocorrências é feito pela Defesa Civil de Maceió.
Fazem parte da Sala de Situação a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), Secretaria Municipal de Educação (Semed), Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra), Gabinete de Gestão Integrada para a Adoção de Medidas de Enfrentamento aos Impactos do Afundamento dos Bairros (GGI dos bairros), Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social (SEMSCS), Secretaria Municipal de Governo (SMG).