“Existe uma epidemia de não vacinados que lotam os hospitais, sufocam os serviços de saúde e impossibilitam atendimento de outros problemas de saúde que continuam acontecendo”. Com esse alerta, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) inicia a nota técnica 24, lançada no dia 10, que avalia o avanço da variante ômicron do coronavírus, a resposta das vacinas e o risco de desassistência à saúde.
Nos estudos periódicos realizados pela instituição, os pesquisadores constataram que a imunização da população foi determinante para segurar uma explosão de mortes que poderia ocorrer após a onda de casos da variante ômicron. No Brasil, essa onda foi registrada após as festas de fim de ano, somadas à diminuição dos cuidados com as medidas preventivas.
A nota afirma que, a partir de janeiro, o Brasil observou um aumento exponencial do número de casos de Covid-19. Antes da ômicron, a média móvel era de cerca de 77 mil casos em março e em junho de 2021. Já em 2022, a média móvel mais que dobrou e atingiu 189 mil casos.
A quantidade de óbitos também aumentou. Mas, se antes da ômicron, a taxa de letalidade chegou a 4%, atualmente, o pico da letalidade é de 0,4%, graças ao avanço da vacinação.
Até 90% dos internados não foram vacinados
A Fiocruz cita ainda o levantamento do Butantan, que aponta que de cada dez paciente internados, oito ou nove não são vacinados, e os outros dois pacientes que são vacinados, na maioria das vezes, são extremamente frágeis, com comorbidades ou idosos.
“A baixa vacinação facilita a circulação e surgimento de novas variantes. Em pessoas vacinadas e sem complicações prévias, a doença parece seguir um curso mais brando. No entanto, em pessoas não vacinadas e mesmo sem comorbidades ou fatores de risco, essa variante apresenta um risco para internação e óbitos. De forma indireta, a onda de ômicron valida os efeitos esperados para a vacinação da população”, afirma a nota técnica.
Maceió
O Município de Maceió investiu em infraestrutura, logística e pessoal qualificado para levar a imunização para toda a população.
Com a vacinação itinerante, que visita feiras e mercados, o ônibus da vacina, os corujões e outras ações, a capital está com cerca de 85% do público-alvo vacinados com a primeira dose, o que inclui crianças a partir de 5 anos, adolescentes e adultos. Com a segunda dose estão 74% da população.
Entre as crianças de 5 a 11 anos, já são 35 mil vacinados, ou seja, cerca de 35% do público-alvo em um mês de campanha.
Para o secretário executivo do Gabinete do Prefeito, Claydson Moura, que coordena a campanha de vacinação em Maceió, a meta do Município é imunizar toda a população. Ele reforça que, só assim, será possível alcançar o fim da pandemia e evitar que mais pessoas morram de covid-19.
“O alerta da Fiocruz só reforça a necessidade de as pessoas procurarem os pontos de vacinação o mais rápido possível para atualizar o seu cartão, tomando a primeira, a segunda ou a terceira dose de vacina. A Prefeitura mantém pontos em todas as regiões de Maceió, com horário estendido, atendimento aos sábados e domingos, então não há desculpa para não se vacinar. A vacina salva vidas e os números só comprovam o que a ciência já dizia desde o início da pandemia”, afirma Moura.
Maceió possui 37 pontos fixos de vacinação e, atualmente, está com o Ônibus da Vacina visitando os bairros da cidade. Confira aqui os locais onde se vacinar.