Neste domingo (06), Maceioenses realizaram ato contra o bárbaro assassinato do congôles Moïse Kabagambe, na orla da Ponta Verde.
Atos em várias partes do país e no exterior foram convocados para manifestar a indignação e revolta contra o brutal assassinato do jovem congôles, Moïse Mugenyi Kabagambe, no dia 24 de janeiro, no quiosque Tropicalia, na orla do Rio de Janeiro. O trabalhador foi assassinado por espancamento quando foi cobrar um pagamento de duzentos reais.
Segundo a Coalizão Negra por Direitos, pelo menos dez capitais, incluindo Salvador e Recife, no nordeste, realizaram atos no sábado (5). Também foram confirmadas manifestações em Londres e nos EUA. Em Maceió, o ato acontece neste domingo (6), desde as 15h, na rua fechada da Ponta Verde, nas proximidades da cadeira gigante.
Thatiana Machado, integrante da União da Juventude Rebelião (UJR), uma das organizadoras do evento, afirma que o protesto busca chamar a atenção da população para a necessidade de enfrentamento ao racismo e à violência. “Recentemente, em Maceió, um médico atirou contra manifestantes na praia da Avenida, ferindo duas pessoas. A sociedade não pode normalizar os crimes de ódio ou afundaremos em barbárie”, alertou a jovem.
A presidenta da Unidade Popular (UP), Lenilda Luna, responsabiliza o discurso de ódio disseminado por bolsonaristas pelo aumento de casos de violência racista, machista e homofóbica. “O que o caso do espancamento do Moïse, dos tiros deflagrados pelo médico em Maceió para dispersar manifestantes e outros tantos têm em comum? Um desprezo por negros, lgbts, mulheres e militantes de esquerda que foi alimentado e legitimado pelo discurso e pelas atitudes do presidente Bolsonaro durante a campanha e na presidência”, declara a dirigente da UP.
Algumas organizações, entidades e partidos confirmaram participação no ato da capital alagoana, como Unidade Popular (UP), Movimento Resistência do PSol, Movimento Luta de Classes (MLC), Movimento de Mulheres Olga Benario, Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico (Fenet), Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (Neabi) da Ufal, entre outras entidades.
*Com Assessoria