A Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas(Sesau/AL) emitiu nota técnica para orientar a imunização contra Covid-19 de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos com a vacina CoronaVac. A formulação da vacina é a mesma já utilizada para o público adulto, entretanto, ela é contraindicada para crianças e adolescentes imunocomprometidos.
A Nota Técnica foi elaborada pela Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa), por meio da Gerência de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis (GVCDT) e pela Assessoria Técnica de Doenças Imunopreveníveis e Vacinação (ATI).
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já tinha aprovado para o público de 5 a 11 anos a vacina pediátrica Pfizer Pediátrica em 15 de dezembro de 2021, com a autorização de aplicação no Brasil em 17 de janeiro deste ano. No último dia 21 deste mês, a Anvisa enviou documentação ao Ministério da Saúde (MS) aprovando o pedido de ampliação de uso emergencial da vacina adsorvida Covid-19 (inativada) para imunização na faixa etária de 6 a 17 anos, exceto para imunocomprometidos.
Ambiente Específico - A Nota Técnica informa que a vacinação de crianças deverá ser realizada em locais específicos e separado da vacinação de adultos, sendo um ambiente acolhedor e seguro para a população específica. Ela ressalta, ainda, que, não havendo disponibilidade de infraestrutura para essa separação, deverão ser adotadas todas as medidas para evitar erros de vacinação, pois erros programáticos são os maiores eventos adversos que têm ocorrido nos diversos países em que iniciaram a imunização em crianças.
Além disso, o documento também diz que a vacina Covid-19 não será administrada de forma concomitante a outras vacinas do calendário infantil, por precaução, sendo recomendado um intervalo de 15 dias. Os profissionais de saúde, antes de aplicarem a vacina, deverão informar ao responsável que acompanha a criança sobre os principais sintomas locais esperados e os mostrarão a seringa a ser utilizada e o volume a ser aplicado da vacina.
A Nota Técnica também orienta que centros, postos de saúde e hospitais infantis estejam atentos e treinados para atender e captar eventuais eventos adversos pós-vacinas em crianças. O documento emitido pela Sesau também ressalta a necessidade de adotar um programa de monitoramento, capaz de captar os sinais de interesse em farmacovigilância.
A Sesau também destacou na Nota Técnica que diante da semelhança das cores dos frascos dos imunobiológicos Coronavac e Pfizer Pediátrica, ambos na cor laranja, deverão ser estabelecidas estratégias para operacionalização da vacinação pediátrica. O objetivo é evitar que os imunobiológicos não sejam ofertados de forma concomitante no mesmo ponto de vacinação, ou seja, que sejam ofertados em salas distintas ou em dias distintos, objetivando, assim, minimizar o risco de erro de imunização.
Além disso, o documento também informa que o critério para distribuição de doses da vacina CoronaVac para atender o público infantil será mediante a solicitação municipal. Com isso, a distribuição irá ocorrer considerando o estoque municipal, bem como, a população-alvo estimada e a já atendida mediante a distribuição do imunizante Pfizer Pediátrico.