Os mais de 53 mil estudantes da rede municipal foram contemplados com uma entrega de alimentos secos, como arroz, e duas de alimentos oriundos da agricultura familiar. As 808 toneladas fizeram a diferença no dia a dia das famílias e garantiram que os estudantes permanecessem na sala de aula, se somando a várias ações de combate à evasão, como o Bolsa Escola Municipal (BEM).
O secretário de Educação, Elder Maia, destaca a importância das ações para as famílias. “Precisamos garantir que as crianças iniciem o dia nutridas, felizes e aptas a realizarem as atividades que compõem o processo de ensino-aprendizagem. É uma grande ação de combate à fome e a insegurança alimentar que, infelizmente, grande parte das crianças da nossa rede estão submetidas”, avalia.
Além de ajudar os estudantes e as famílias, a compra de alimentos da agricultura familiar beneficia também os agricultores do estado, promovendo um modelo sustentável de produção de alimentos e colocando comida na mesa dos pequenos produtores. A prefeitura gastou 41% da verba federal na agricultura familiar, ultrapassando pela primeira vez a meta de 30% colocada pelo Ministério da Educação (MEC).
De acordo com a coordenadora do setor de alimentação e nutrição escolar, Anna Carla Luna, as ações de oferta de alimentação tiveram de ser repensadas durante a pandemia, já que os alunos não tinham acesso à merenda escolar nas aulas remotas. “Agora que estamos retornando às aulas, o cardápio da merenda foi alinhado com a nova legislação, que deu um aumento de qualidade na alimentação, além do desjejum para todos os estudantes de Ensino Fundamental”, conta.
A merenda escolar sofreu várias mudanças com a última alteração na legislação do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Entre os pontos, o cardápio de crianças de até dois anos não deve ter adição de açúcares ou ultraprocessados. Várias ações foram tomadas pela secretaria para garantir a implementação das novas diretrizes, como capacitação de merendeiros.
A primeira refeição do dia dos estudantes também está garantida. Antes exclusivo da Educação Infantil, o desjejum agora é servido também para os estudantes do Ensino Fundamental, garantindo uma alimentação balanceada e nutritiva para todos os 35 mil estudantes da etapa antes do início das aulas. “Para que aconteça o processo de ensino-aprendizagem, o cérebro precisa estar bem alimentado, o estudante precisa estar saudável, e a alimentação escolar tem esse foco”, pontua Anna Carla.
Educação e capacitação
O setor de alimentação escolar também vem promovendo várias ações em prol da capacitação dos merendeiros da rede. O resultado dessa dedicação na qualificação dos profissionais pôde ser visto na final do Concurso de Merendeiras do estado, quando Yolanda Maria, merendeira da Escola Municipal Olavo Bilac, do Jacintinho, foi laureada com o segundo lugar.
Na ocasião do concurso, todas as merendeiras da rede tiveram a oportunidade de participar de uma qualificação por meio do Sistema S, onde foram capacitadas tanto na legislação do Pnae quanto em práticas culinárias.
Diretamente com o público escolar, a Semed vem qualificando os profissionais e as famílias na aplicação da nova legislação para os Centros Municipais de Educação Infantil. “Conversamos com os pais sobre alimentação saudável e conversamos direto com os alunos, também. Estamos realizando, ainda, um monitoramento de saúde dos estudantes como pesagem, para traçamos estratégias de nutrição”, detalha.