O Conselho Estadual de Segurança (Conseg) deve analisar nos próximos dias o pedido de segurança feito pela Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB-AL), para a advogada Maricélia Schlemper, vítima de um atentado em março deste ano em frente ao Fórum do Barro Duro, em pleno exercício da profissão. O bacharel em Direito e esposo de Maricélia, também foi vítima do atentado, mas não resistiu aos ferimentos.
De acordo com o documento encaminhado pela seccional ao Conseg, o episódio de violência relatado é um atentado à democracia e ao sistema de justiça. “Como se sabe são indispensáveis, no âmbito da advocacia, a independência da advocacia, que tem como pressuposto a garantia à inviolabilidade de seus atos no exercício da profissão, e a dignidade, que lhes são inerentes e sem as quais não há que se falar em efetividade da justiça. Daí porque o episódio de violência ora relatado é um atentado à Democracia e ao Sistema de Justiça. A advocacia precisa ser livre para exercer sua profissão com segurança”, diz trecho do documento.
Segundo o presidente Nivaldo Barbosa Jr., o processo já foi distribuído entre os conselheiros e deve ser votado nos próximos dias. Ele destaca que a ação da OAB Alagoas visa garantir a integridade de Maricélia para que ela consiga exercer sua profissão em segurança.
“Ela foi vítima de um ato brutal, que, infelizmente, vitimou seu esposo em ato heróico. A OAB tem como dever buscar garantir a integridade física da advogada. Esperamos que o Conseg atenda o nosso pedido, que está sendo acompanhado de perto pelo representante da advocacia no colegiado, o advogado Marcus Lacet”, concluiu.