Descarte correto
Seringas, agulhas e vidro quebrado não devem ser descartados junto com o restante do lixo, seja ele reciclável ou não. Até mesmo as lâmpadas exigem atenção especial, ainda que não estejam quebradas.
Se possível, coloque os perfurocortantes dentro de um recipiente resistente. Garrafas PET vazias, caixas de leite, latas e até caixas de papelão podem ser utilizados como forma de proteção. No caso do vidro, o ideal é enrolar os cacos em jornal e então colocá-los dentro de latinhas vazias com tampa. No caso das latas de conserva, deve-se empurrar a parte serrilhada para dentro.
Escreva no recipiente destinado ao descarte que se trata de um material perfurocortante. Coloque em letras grandes e bem visíveis: “CUIDADO, MATERIAL CORTANTE”. Ou escreva do que realmente se trata. Por exemplo: “CUIDADO, VIDRO QUEBRADO”.
Recicláveis
Esteja atento sobre do que se trata o material perfurocortante a ser descartado. Em alguns casos, é possível colocá-lo no lixo reciclável, desde que sinalizado e separado dos demais. Este é o caso dos cacos de vidro e das lâmpadas, por exemplo. Lâminas de barbear devem ser colocadas no lixo comum, devidamente separadas e sinalizadas.
Kedyna Tavares, diretora de Planejamento e Serviços Especiais da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes), destaca a importância do descarte correto desses materiais e lamenta a pouca adesão dos cidadãos à prática.
“Se descartados de forma correta, vários acidentes podem ser evitados com nossos garis, pessoas em situação de rua, catadores e animais que mexem no lixo antes de ser recolhido. Porém, infelizmente, muitas pessoas ainda não sabem dessa necessidade ou não se esforçam para fazer o certo”, disse.
Desenvolvimento Sustentável orienta sobre o descarte correto de perfurocortantes. Foto: Ascom Sudes
Caso o gari seja ferido ao executar seu trabalho na coleta domiciliar, é encaminhado ao hospital. Se o ferimento for ocasionado por latas ou pregos, o funcionário é vacinado contra o tétano. Nos cenários onde ocorrem acidentes biológicos (agulhas), os colaboradores são levados ao Hospital de Doenças Tropicais e passam por uma bateria de exames. A depender do tipo de agulha, e se continha sangue, toma um coquetel de medicamentos. Além disso, são monitorados por seis meses retornando ao Hospital para novos exames.
“Nós realizamos diversas atividades de educação ambiental sobre o tema para tentar alterar o pensamento das pessoas, mas algumas aprendem apenas quando são multadas”, completou a diretora.
Alexandre Vieira/Ascom Sudes