Paulo Lopes/Zumapress/dpa/picture alliance Provided by Deutsche WelleO Brasil registrou oficialmente 935 mortes ligadas à covid-19 neste sábado (18/09), segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass).
Também foram confirmados 150.106 novos casos da doença. Com isso, o total de infecções reportadas no país chega a 21.230.325, e os óbitos oficialmente identificados somam 590.508.
Diversas autoridades e instituições de saúde alertam, contudo, que os números reais devem ser ainda maiores, em razão da falta de testagem em larga escala e da subnotificação.
O Conass observa que, no balanço deste sábado, foram incluídos registros antigos do estado do Rio de Janeiro, após uma revisão feita pela Secretaria de Saúde estadual, o que deve explicar o aumento acentuado no número de casos diários de infecção em comparação com o registrado nas últimas semanas.
Em todo o país, a média móvel de novas mortes (soma dos óbitos nos últimos sete dias e a divisão do resultado por sete) está em 564, e a média móvel de novos casos, em 34.452.
Já a taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes subiu para 281 no Brasil, a oitava mais alta do mundo, atrás apenas de alguns pequenos países europeus e do Peru.
Em números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais mortes, depois dos Estados Unidos, que somam mais de 673 mil óbitos, mas têm população bem maior. É ainda o terceiro país com mais casos confirmados, após EUA (42 milhões) e Índia (33,4 milhões).
O Conass não divulga o número de recuperados. Segundo o Ministério da Saúde, 20.180.106 pacientes haviam se recuperado da doença no Brasil até a noite de sexta-feira.
No entanto, o governo não especifica quantos desses recuperados ficaram com sequelas ou outros efeitos de longo prazo. A forma como o governo propagandeia o número de "recuperados" já foi criticada por cientistas, que classificam o número como enganador ao sugerir que os infectados estão completamente curados da doença após a fase aguda ou alta hospitalar.
Estudos no exterior estimaram que entre 10% e 38% dos infectados sofrem efeitos da "covid longa" meses após o vírus ter deixado o organismo. Um estudo alemão apontou que sequelas podem surgir até meses depois da fase aguda da doença. Já uma pesquisa da University College London em 56 países listou mais de 200 sintomas observados em pacientes com sequelas pós-covid.
Ao todo, mais de 227,9 milhões de casos de infecção foram registrados no mundo desde o início da pandemia. Também foram confirmados 4,68 milhões de mortes em decorrência da doença, segundo contagem da Universidade Johns Hopkins, dos EUA.
