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22/08/2021 às 18h43min - Atualizada em 22/08/2021 às 18h43min

GOVERNO LANÇA NESTA SEGUNDA (23) PROGRAMA QUE AMPLIA REDE DE ATENDIMENTO PARA CASOS DE AVC

Batizada "AVC dá Sinais", iniciativa incrementa assistência para acometidos pela doença em quatro unidades hospitalares de referência no estado; cerimônia ocorre às 9h, no Hospital Metropolitano, em Maceió

Bia Alexandrino
https://alagoas.al.gov.br/
Olival Santos/Arquivo
Atualizada em 22/08 às 9h34

Popularmente conhecido como derrame, o Acidente Vascular Cerebral (AVC), doença cerebrovascular, foi diagnosticado em 2.370 pacientes só no Hospital Geral do Estado (HGE) em 2020. Segundo o Ministério da Saúde (MS), essa é a segunda causa de óbitos no Brasil e, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o AVC é uma das cinco principais doenças responsáveis pela incapacidade, no mundo. O combate ao AVC é essencial para o aumento da expectativa e da qualidade de vida.

Pensando nisso, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), vai lançar nesta segunda-feira (23), às 9h, o Programa “AVC dá Sinais”.  A cerimônia irá ocorrer no Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), situado no bairro Cidade Universitária, em Maceió. O objetivo do programa é criar uma linha de cuidados para pacientes acometidos pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC) em todo o estado.

O programa vai ampliar a rede de cuidado de AVC, com quatro hospitais de referência, todos com tomógrafo, equipe capacitada e um aplicativo que deve agilizar a conduta médica e a transferência do paciente pro hospital de referência mais próximo.

O objetivo é tratar os pacientes acometidos pelo AVC agudo para diminuir o índice de mortalidade desses pacientes e também para prevenir sequelas provocadas pela doença, que é responsável por mais de 100 mil óbitos por ano no país.

Antes desse programa, apenas o Hospital Geral do Estado (HGE) possuía unidade de AVC em Alagoas. E agora, além do HGE, as unidades estarão também no Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), no Hospital Regional da Mata (HRM) e no Hospital de Emergência do Agreste (HEA), ou seja, o programa vai iniciar com esses quatro hospitais de referência, mas, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) estarão capacitados para receber os pacientes como porta de entrada.

Unidade do Hospital Geral do Estado (HGE) é referência em Alagoas. Foto: Thallyson Alves/Arquivo 

O intuito é que a rede seja ampliada, no máximo até novembro, para dez unidades de AVC em todo o estado. Assim, os demais hospitais regionais que foram recém-inaugurados também serão referências, ou seja, terão unidade de AVC funcionando.

Para o programa, foram capacitados médicos, enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas, além do pessoal da recepção e os maqueiros, para que todos saibam identificar quais são os sinais do AVC e consigam atender o paciente com a maior celeridade possível.

Agilidade – E para acelerar também a comunicação entre os neurologistas com os serviços de assistência pré-hospitalar (Samu e UPAs), será utilizado um aplicativo de telemedicina, em que será definida a conduta e a transferência do paciente para uma das unidades de referência em AVC, onde seja realizada a tomografia e a trombólise (injeção de uma medicação para a dissolução do coágulo) ou a trombectomia mecânica (retirada do coágulo que está obstruindo o vaso, através de uma punção feita na veia femoral com o uso de um cateter).

E é justamente a agilidade no atendimento que aumenta a possibilidade de evitar as sequelas provocadas pelo AVC. Por isso, de acordo com o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, o Programa AVC dá Sinais será um marco na saúde pública de Alagoas, possibilitando que mais alagoanos possam ser assistidos e salvos.

“Para isso, o governo do estado destinou R$ 17,5 milhões na aquisição de tomógrafos, equipamentos essenciais para a detecção do AVC. Investimentos que são fundamentais para assegurar assistência qualificada aos pacientes que passarem a ser atendidos em nossas unidades, após sofrer um derrame, que, se não tratado em tempo hábil, pode levar à morte ou deixar graves sequelas”, ressaltou Ayres.

A janela de tempo para a trombólise é de quatro horas e meia, depois desse tempo faz-se a trombectomia mecânica. Dessa forma, o paciente tem duas chances de recuperar o déficit motor ou outro sintoma que ele tenha apresentado por conta do AVC.

Conheça o AVC – O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma doença cerebrovascular caracterizado por uma alteração súbita do fluxo sanguíneo cerebral, que compromete a circulação de sangue em alguma região do cérebro. Isso ocorre por um entupimento ou vazamento nas artérias. A Organização Mundial da Saúde (OMS) prevê que, uma a cada seis pessoas, pode desenvolver a doença e o MS chegou a afirmar que, a cada cinco minutos, um brasileiro evolui para óbito, em consequência do agravamento desta enfermidade.

Os sintomas do AVC são alteração da fala e do movimento dos membros, tontura, dor de cabeça repentina, náuseas, vômitos, rebaixamento do nível de consciência e sonolência, dormência nos braços e pernas e boca torta ao falar ou sorrir. Caso sejam identificados esses sintomas, o Samu (192) deve ser acionado imediatamente, mas, o paciente pode também se dirigir a uma UPA ou diretamente a um dos hospitais de referência, desde que seja porta de entrada.


 

 

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