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04/09/2024 às 20h49min - Atualizada em 04/09/2024 às 20h49min

Avião registrado por Gusttavo Lima é “operado” por dono de bet alvo da polícia

Publicado por Fernando Miller
https://www.diariodocentrodomundo.com.br
Cantor Gusttavo Lima. Foto: Reprodução
Na manhã desta quarta-feira, 4, um avião foi apreendido em Jundiaí, no interior de São Paulo, como parte da Operação Integration, conduzida pela Polícia Civil de Pernambuco. A operação investiga lavagem de dinheiro através de jogos ilegais. Durante a ação, a influenciadora digital Deolane Bezerra foi presa, afirmando ser vítima de uma “injustiça”.
 

A aeronave está registrada em nome da empresa Balada Eventos, do cantor Gusttavo Lima, mas é operada pela empresa JMJ Participações, de propriedade de José André da Rocha Neto, que também é dono da VaideBet. A assessoria de imprensa da JMJ confirmou a apreensão e afirmou que a empresa cumpre a legislação e está à disposição das autoridades.

A assessoria de Gusttavo Lima esclareceu que o avião foi vendido para a JMJ, mas o registro ainda aparece em nome da Balada Eventos, aguardando a finalização da documentação.


Avião Cessna Aircraft de 2008, apreendido pela polícia. Foto: Divulgação/SSP

De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a empresa de Gusttavo Lima ainda detém a posse indireta da aeronave até a quitação total do pagamento, enquanto a JMJ possui a posse direta. A aeronave, um Cessna Aircraft de 2008, foi vendida para o dono da VaideBet, empresa de apostas esportivas registrada em Curaçao, onde muitas companhias do setor estão localizadas. Gusttavo Lima é patrocinador oficial e garoto-propaganda da VaideBet, que afirma atuar de acordo com a legislação.

A investigação da Polícia Civil de Pernambuco envolve um grupo ligado a apostas esportivas, que são legalizadas, mas o foco está em jogos de azar operados de forma ilegal.

Além da apreensão do avião, também foram confiscados nesta quarta-feira um carro de luxo em um condomínio de alto padrão em Barueri (SP), bem como dezenas de imóveis, embarcações, veículos e itens de valor em várias partes do Brasil. Segundo o delegado-geral Renato Rocha, “somente em um dos alvos, encontramos 11 relógios da marca Rolex”.


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