“É uma armação que está sendo articulada diretamente pelo presidente da Câmara, Arthur Lira. Vou dizer: Arthur Lira é um bandido”, afirmou o psolista, que chegou a ter o microfone cortado pelo presidente do colegiado, Leur Lomanto Júnior (União-BA). A representação foi iniciada após ele ter expulsado um militante do Movimento Brasil Livre (MBL) da Câmara dos Deputados aos chutes.
As acusações foram repetidas em mais oportunidades durante a sessão. Glauber afirmou que havia uma “armação” em curso no Conselho de Ética. “Peço respeito a vossa excelência. Não existe armação nenhuma nesse conselho”, disse Leur.
Lira respondeu às acusações na tarde desta quarta-feira. “Xingamentos, ofensas pessoais e agressões são comportamentos incompatíveis com a compostura e com o decoro que se esperam de um integrante da Câmara dos Deputados. Merecem pronta repulsa episódios como o ocorrido hoje”, disse.
“Sua defesa se incrimina. Não faço conluio com ninguém. Minha relação com o presidente Arthur é discreta”, disse Magalhães, o relator. “Discretíssima”, ironizou Glauber.
Magalhães prosseguiu a chamar o deputado de “inconsequente” e “irresponsável”. “Eu não quero lhe cassar. Mas que vossa excelência merece, merece sim”, afirmou o relator.
O Conselho de Ética votará o relatório de Magalhães em outro dia, em razão de um pedido de vistas (mais tempo para análise) do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ). Caso avance, inicie-se o prosseguimento do processo, que pode culminar na cassação de Glauber.
A representação contra Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), que foi finalizada nesta quarta-feira, por exemplo, levou três meses para ser concluída.
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