Em entrevista nessa quarta-feira (6), o delegado Thiago Prado, apontou semelhanças entre a morte de Flávia Carneiro e o Caso Richthofen. Flávia foi assassinada pelo genro, Leandro dos Santos, de 22 anos, e pela própria filha, de apenas 13. Ela ainda teve o corpo colocado em uma geladeira.
Segundo a polícia, a mãe não aceitava o relacionamento da filha com o jovem, já que, além da diferença de idade, ele não trabalhava e era usuário de drogas, conforme apontado por familiares. Os dois mantiveram um relacionamento por cerca de 5 meses, marcado por desentendimentos com a mãe da adolescente.
Na última sexta-feira (1º), ocorreu uma briga entre eles, que resultou na morte de Flávia. Sua filha a imobilizou, enquanto Leandro desferiu golpes de faca. Segundo a polícia, ela foi esfaqueada mais de 20 vezes.
Após o crime, o corpo da vítima foi colocado em uma geladeira, onde permaneceu por 5 dias. O pai de Leandro ajudou no descarte do corpo, contratando um frete para descartá-lo em zona de mata. Ele deve responder por ocultação de cadáver.
Para despistar familiares e colegas de trabalho, a adolescente usou o celular da mãe, para se passar por ela, e não notarem o sumiço de Flávia.
Em depoimento, os jovens confessaram e alegaram legítima defesa, mas o delegado não acredita na versão contada e apontou divergências entre as versões.
"É de arrepiar a frieza dela durante o depoimento. O caso me lembra o que aconteceu na família Richthofen, onde a filha mais velha, Suzane, arquitetou a morte de seus pais, com ajuda do namorado e do cunhado", contou.
Caso Richthofen
O crime aconteceu na noite de 31 de outubro de 2002, no quarto em que o casal dormia na casa da família, uma mansão no bairro Campo Belo, em São Paulo.
Suzane levou os irmãos em seu carro e abriu a porta da residência para que Daniel Cravinhos de Paula e Silva e Cristian Cravinhos de Paula e Silva matassem Manfred e Marísia com golpes de porrete na cabeça.